Um estudante de 16 anos denuncia que foi vítima de agressões físicas por parte de policiais dentro do Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Benjamim Batista, localizado no Centro/Norte de Teresina, onde ele estudava.

A violência teria acontecido na última terça-feira (1º), dentro da sala da diretoria da escola, quando o jovem aguardava a mãe buscá-lo após o encerramento da aula.

Em entrevista ao Portal ClubeNews, o adolescente relatou que foi vítima de racismo, pois sem justificativa dois policiais falaram alto, revistaram sua bolsa, o jogaram ao chão e tentaram bater-lhe com cassetete.

“A minha maior raiva foi porque eles vieram como preconceituosos porque me viram ali sentado. Eu chorei só de raiva porque se eu fosse bandido nem estudando eu estava. Nem eu entendi o motivo da polícia vir para cima de mim. É uma coisa que vai ficar marcada na minha mente até quando eu morrer. Não é uma coisa normal. Se minha mãe tivesse visto aquilo como ela ia ficar?”, indagou o estudante.

O fato teria iniciado após os agentes de segurança alertarem o rapaz que aquele não era ambiente para aluno e ele comunicar que já estava saindo. Segundo a vítima, a violência só parou porque os agressores perceberam que ele estava filmando a confusão com o celular. Em seguida, tentaram arrancar o aparelho de sua mão, mas falharam e tentaram derrubá-lo novamente.

De acordo com o estudante, a cena foi presenciada por outras pessoas, incluindo o diretor da escola, mas ninguém interviu. Em nota, a Polícia Militar do Piauí informou que um procedimento disciplinar será adotado, por meio da instauração de sindicância, para esclarecer a ocorrência e tomar as medidas cabíveis”.

Depois da ocorrência, o rapaz pediu transferência de matrícula para outra unidade escolar e afirmou que fará o Boletim de Ocorrência nesta sexta-feira (4).

Ao Portal ClubeNews, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que não vai se posicionar sobre o caso. A Polícia Militar do Piauí disse que assim que tomou conhecimento do fato, o comandante da Companhia de Policiamento Escolar (CIPE) iniciou a apuração junto à direção da escola e aos policiais envolvidos.

“Um procedimento disciplinar será adotado, por meio da instauração de sindicância, para esclarecer a ocorrência e tomar as medidas cabíveis”, destacou a PM.