Moradores de um condomínio localizado no bairro Uruguai, zona Leste de Teresina, denunciam a existência de um esgoto a céu aberto nas proximidades do conjunto residencial. Segundo eles, o mau cheiro no local se intensifica no período da tarde.
A síndica do condomínio, Leiliane da Mata, afirma que o problema é antigo e que as reclamações por parte dos moradores são frequentes devido ao forte odor exalado pelo esgoto.
“De alguns meses para cá, o cheiro só tem aumentado, o que antes a gente achava que era uma lagoa na verdade é um esgoto a céu aberto“, lamenta.
André Oliveira também é síndico de um condomínio por onde o esgoto passa por baixo e cobra uma resposta urgente dos órgãos públicos, reforçando que a área se transformou em ponto de despejo de dejetos.
“A gente conseguiu fazer a denúncia e conseguimos a limpeza do terreno, com o pessoal da Semam, que fez uma fiscalização. No laudo, foi identificado o descarte irregular de vários dejetos”, contou.
No bairro Cristo Rei, a situação não é diferente. Na rua Chagas Lira, a fossa de um condomínio da região escorre pela via, contaminando o ambiente com sujeira e um odor insuportável.
Florisa Farias, empreendedora, tem uma pequena loja de roupas em sua casa, que fica na esquina com a fossa. Ela relata prejuízos nas vendas, já que os clientes evitam o local por conta do mau cheiro. Segundo a comerciante, o problema persiste há duas décadas.
“Às vezes as pessoas param aqui [em frente à loja] e não entram por conta do fedor. Eu tenho 20 anos nessa rua e, desde que cheguei aqui, esse problema nunca foi resolvido”, desabafou.
Outro lado
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) foi procurada e informou que o esgoto a céu aberto é de responsabilidade da empresa Águas de Teresina.
A empresa, por meio de nota, afirmou que “realizou uma vistoria, nesta terça-feira (09), na rua Chagas Lira e constatou que a rede de esgoto disponível na via está operando normalmente. No entanto, não teve acesso à área interna do condomínio citado, o que impede uma avaliação completa da situação no local.”
Sobre o bairro Uruguai, a empresa esclareceu que “não conta com rede pública de esgotamento sanitário disponível e que a implantação do serviço depende de condições técnicas e legais que possibilitem o planejamento da infraestrutura com segurança e dentro dos critérios exigidos.”