Leandro da Silva Sousa, de 32 anos, suspeito de matar o delegado Márcio Mendes Silveira, declarou durante a audiência de custódia nesse sábado (12) ter sido agredido no momento da sua prisão até o percurso a Delegacia de Caxias, no Maranhão (assista ao vídeo exclusivo acima). A Polícia Civil do Maranhão negou o caso.

“Fui agredido, apanhando direto desde que fui preso até a delegacia. Não sei identificar quem me agrediu”, disse Leandro.

O suspeito foi preso, na sexta-feira (11), na casa dos pais após buscas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e policiais do Maranhão e do Piauí, além do Comando Tático Aéreo e do Canil.

O delegado Márcio Mendes foi morto com um tiro no pescoço e os estilhaços da bala feriram os policiais Valdemar Júnior e Ibiapina. Eles foram socorridos e encaminhados a um hospital particular de Teresina.

Diante da denúncia de agressão, a Defensoria Pública solicitou que fosse oficializada a Corregedoria da Polícia Civil do Maranhão para apuração da denúncia de agressão e o Ministério Público do Estado do Maranhão para controle da atividade externa da Polícia Civil.

Em decisão, o juiz titular da 1ª Vara Criminal, Paulo Afonso Vieira Gomes, determinou encaminhar a denúncia de agressão ao Ministério Público, encarregado do controle externo da atividade policial, e a Controladoria da Polícia Civil e Militar para adoção da medidas cabíveis.

“Determino a unidade prisional encaminhe imediatamente o mesmo para a realização do exame de corpo de delito”, acrescentou.

Laudo nega vestígios de tortura

O Portal ClubeNews teve acesso exclusivo ao laudo de exame de corpo de delito de Leandro da Silva Sousa, realizado às 18h10 de sexta-feira (11) após a sua prisão. No histórico, o suspeito negou agressão física e relatou machucados nos pés por ‘correr no mato’ e também vermelhidão no ombro direito por carregar estaca.

O resultado do exame apontou as lesões narradas por Leandro, no entanto, apontou ausência de vestígios de tortura.

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