18 de julho de 2025

Vídeo: família e amigos de motoboy morto em acidente protestam e pedem fechamento de retorno

O grupo reivindica justiça e pede que o motorista envolvido no acidente seja identificado. Mikael estava trabalhando quando bateu em um poste após colidir com um carro que fazia uma conversão.

Mayrla Torres

Repórter
Publicado há 2 dias

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Familiares, amigos e colegas de profissão de Airton Mikael Silva Carvalho, motoboy morto em um acidente de trânsito no dia 9 de julho, realizaram um protesto, na noite de terça-feira (15), na Avenida Duque de Caxias, no bairro Água Mineral, zona Norte de Teresina.

A manifestação ocorreu no mesmo local onde o jovem colidiu com um carro e morreu após bater em um poste. O ato seguiu durante a madrugada desta quarta-feira (16). O vídeo foi feito por Jr. Fernandez.

Mikael estava trabalhando quando colidiu com um carro que realizava uma conversão. Em seguida, o motoboy perdeu o controle da moto e bateu em um poste. Ele morreu no local.

O motorista do veículo não prestou socorro e se apresentou à polícia apenas dois dias depois, segundo a família.

“O objetivo central do protesto é a questão da sensibilização para não ficar impune para a morte do Mikael não ser mais uma vítima do trânsito”, disse a tia do motoboy, Maria Do Carmo Costa.

Além disso, a família pede que o retorno onde Mikael sofreu o acidente seja fechado. No outro dia, outro acidente aconteceu no local, sem vítimas.

“No outro dia, no mesmo local, teve um pequeno acidente. Não foi grave. A gente mora na Zona Norte e vê que ali é um risco. Quem vem não dá sinal e entra de uma vez. Se a pessoa tivesse feito tudo isso com cuidado, Mikael hoje ainda estaria entre nós”, pediu.

Segundo ela, o jovem era muito responsável e ajudava em casa financeiramente. “A família está muito abalada. Perdemos uma pessoa jovem e tranquila. Foi um grande susto. Ele só tinha uma irmã, o pai e a mãe. Era um jovem caseiro, comprometido, com senso de responsabilidade”, afirmou.

Mikael trabalhava em um ponto fixo à noite, e durante o dia fazia bicos para ajudar a família. A manifestação foi organizada pelos próprios colegas motoboys, que convidaram a família para participar.

“Foi uma iniciativa dos amigos dele. Eles passam a noite nas ruas, entregando comida, lanche, vivendo sob risco constante. Poderia ter sido qualquer um deles, ali ou em outro lugar. Eles também são vulneráveis”, relatou.

A família afirma que ainda não teve acesso às informações do processo e não sabe o nome do motorista. “A única coisa que sabemos é que ele se apresentou com um advogado após as 48 horas; mas não temos nome, placa do carro, nem qualquer informação oficial. Está tudo sob sigilo na delegacia”, disse Do Carmo.

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