Mauro Gabriel, adolescente encontrado morto com sinais de violência no bairro Angelim, zona Sul de Teresina, cometeu um estupro em 2023, no Residencial Mário Covas. A Polícia Civil investiga se há relação entre os casos.
A informação foi confirmada pelo delegado Francisco Baretta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo Baretta, o jovem foi apreendido à época, chegou a ser internado e, atualmente, respondia em liberdade, cumprindo medidas socioeducativas.
Desde então, ele vinha sendo ameaçado por pessoas da região onde morava, mas não havia registros formais dessas ameaças.
“Ele vivia sendo ameaçado de morte por pessoas daquele bairro, mas não tem nenhum registro de ocorrência sobre isso; são informações da família”, afirmou o delegado.
A última vez que o adolescente foi visto com vida foi na tarde da quinta-feira (24), quando disse que iria para a casa de uma namorada, no residencial Mário Covas.
Segundo o DHPP, ele teria sido sequestrado nesse local e o corpo desovado no Angelim, onde foi encontrado por uma pessoa que fazia caminhada, na sexta-feira (25).
A perícia indicou que o corpo estava no local havia pelo menos oito horas. “Aquele local não é, propriamente dito, o local em que ele foi morto”, acrescentou Baretta.
A investigação tenta identificar os autores do homicídio e esclarecer se a morte tem relação com o crime cometido anteriormente pelo adolescente.
Conforme o delegado Danúbio Dias, responsável pela investigação do caso, a família do adolescente o aconselhava a não ir para o residencial Mario Covas, já que a área era controlada a uma facção rival a dele.
“Ele era assumidamente membro de uma facção criminosa. E mesmo a família aconselhando ele a não ir ao Mario Covas, já que lá é uma área de uma facção rival, ele recorrentemente ia”, afirmou o delegado.
O delegado Danúbio disse também que a vítima expunha nas redes sociais que era membro de uma facção, e que isso poderia ser uma motivação para o crime.
“Ele ficava exibindo nas redes sociais que ele era membro de facção. Então há uma possibilidade que talvez isso tenha motivado o meu crime”, concluiu.
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