
O Piauí está entre os estados que podem sofrer perdas financeiras com o novo pacote de tarifas anunciado pelos Estados Unidos, que deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto.
O chamado “Tarifaço de Trump”, referente às ordens do presidente Donald Trump, pode gerar um prejuízo de até R$ 32 milhões ao estado, segundo estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar de o Piauí não ter uma grande dependência do mercado americano, que representa 3% das exportações estaduais, o impacto é considerado significativo para a economia local. A indústria de transformação responde pela maioria das vendas do estado para o exterior, e a aplicação de tarifas de até 50% em produtos brasileiros pode comprometer a competitividade desses itens.

Além do Piauí, outros quatro estados do país também aparecem com perdas abaixo de R$ 40 milhões: Roraima (R$ 13 milhões), Sergipe (R$ 30 mi), Acre (R$ 31 mi) e Amapá (R$ 36 mi). Já as perdas mais expressivas estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste, com destaque para São Paulo (R$ 4,4 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 1,9 bilhão) e Paraná (R$ 1,9 bilhão).
A medida tarifária dos Estados Unidos atinge principalmente produtos da indústria de transformação, que dominam a pauta de exportações brasileiras para o país norte-americano. Com o aumento dos impostos de importação, setores como alimentos, metalurgia, couro e calçados devem ser os mais afetados.
“A imposição do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas traz impactos significativos para a economia nacional, penalizando setores produtivos estratégicos e comprometendo a competitividade das exportações brasileiras”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI.
Segundo a Confederação, o impacto total estimado do tarifaço pode ultrapassar R$ 19 bilhões em perdas para os estados brasileiros.
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