16 de setembro de 2025

Entendendo as diferenças no reconhecimento de emoções em pessoas com autismo

Psicóloga
Publicado em 31/07/2025 07:00

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Emoções em pessoas com autismo (Foto: Freepik)

O reconhecimento de emoções faciais é uma habilidade fundamental para a socialização e para compreender o que as outras pessoas estão sentindo. No entanto, estudos mostram que essa habilidade pode ser diferente em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pesquisadores têm investigado como o cérebro e os olhos dessas pessoas percebem e interpretam expressões faciais.

Uma das técnicas utilizadas para entender esses processos é o acompanhamento do olhar, conhecido como eye tracking. Essa tecnologia permite observar onde a pessoa está olhando durante a observação de uma face, ajudando a identificar padrões e possíveis diferenças em relação às pessoas neurotípicas. Estudos revelam que indivíduos com TEA tendem a mirar de maneira distinta, muitas vezes evitando olhar para os olhos ou focando em outras regiões do rosto. Essas diferenças podem estar relacionadas a dificuldades na leitura de emoções e na interação social.

Além das análises visuais, as pesquisas também utilizam o eletroencefalograma, uma ferramenta que registra a atividade elétrica do cérebro. As alterações observadas nessas medições indicam que áreas específicas do cérebro envolvidas na leitura das emoções podem atuar de modo diferente em pessoas com TEA. Essas diferenças acontecem em várias fases do desenvolvimento, o que reforça a importância de intervenções precoces para ajudar nesses processos.

Entender como o cérebro e os olhos funcionam na percepção de emoções ajuda profissionais a elaborar estratégias de apoio e ensino mais eficazes. Assim, podemos facilitar uma comunicação mais empática e inclusiva, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para essas pessoas e suas famílias.

Referência:
M. H. Black, J. T. White, e M. M. Green, Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 2017, 80, 488–515.


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