Um dos principais alvos da Operação Capital Oculto, deflagrada na manhã desta quinta-feira (31) para combater a lavagem de dinheiro ligada a uma facção criminosa, está foragido. Deivison José Santos Lima, apontado como braço direito de Alandilson Passos, líder do esquema, não foi localizado durante o cumprimento dos mandados.

De acordo com o delegado Samuel Oliveira, Deivison era o principal operador das movimentações financeiras ilegais e atuava diretamente com Alandilson. Ele responde a 16 processos criminais, incluindo porte ilegal de arma, ameaça e estelionato.

Durante a investigação, a polícia identificou diversas empresas ligadas ao esquema. Uma delas foi registrada por Deivison com a razão social D.J.S.L. Lima Automóveis, que, no papel, atuaria no comércio de veículos. No entanto, não havia nenhum automóvel no local, o que levantou suspeitas de que a empresa servia apenas como fachada para lavagem de dinheiro oriundo do tráfico.

A mesma empresa também estava registrada com outro nome: Santos Comércio de Construção Eireli. Formalmente, o responsável era Pedro Paulo, apontado como proprietário do estabelecimento que funcionava como uma casa de material de construção. No entanto, o e-mail de cadastro da empresa era o mesmo de Deivison, indicando que ele seria o verdadeiro dono do negócio, com Pedro Paulo atuando como laranja.

Outro exemplo citado pela polícia é a Farmácia Econômica, registrada em nome de Deivison, mas que nunca funcionou no endereço informado. No local, opera uma farmácia com outra identificação, sem qualquer relação com a empresa formalmente registrada.

A Polícia Civil aponta que há fortes indícios de que a Farmácia Econômica também era uma empresa de fachada, utilizada para lavagem de dinheiro, já que nunca operou comercialmente nem possui vínculo com o estabelecimento existente no endereço declarado.

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