O incêndio florestal que atinge Pavussu e Canto do Buriti, no Sul do Piauí, já alcança uma área de 98 km², o equivalente a 13.625 campos de futebol de acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Nesta quarta-feira (6), o helicóptero da Polícia Militar do Piauí chegou na região para reforçar o combate às chamas.

A aeronave utilizada é do Batalhão Tático Aeropolicial (Bopaer) e tem como objetivo atuar em locais de difícil acesso. Além disso, mais 50 profissionais de municípios próximos e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) foram convocados para ajudar a resolver o problema, que já dura oito dias.

De acordo com o capitão Willian, do Bopaer, o primeiro passo para esta nova fase é a verificação dos pontos estratégicos para extinguir o fogo.

“Neste primeiro momento, vamos fazer o sobrevoo da área, para verificar quais são os pontos que nós vamos dar os primeiros combates às chamas, resfriando o local e ajudando os brigadistas”, disse.

O coordenador do Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CEGRID), Michell Francisco, explicou que os fortes ventos são um dos principais entraves para o controle das chamas, fazendo que o elas se dispersem com mais facilidade.

“Em Pavussu a gente tem focos de incêndio que estão se distribuindo pela ação das equipes de combate. Muitas das áreas mais próximas da cidade já foram controladas, só que tem outras áreas surgindo por conta dos ventos. No dia de hoje, o nosso principal problema são os ventos, que podem atrapalhar o controle e aumentar a dispersão”, destacou.

Incêndio já dura oito dias

O prefeito de Pavussu, Winincius Vilanova de Miranda (PSD) decretou nessa terça-feira (5) estado de calamidade na cidade. A medida foi tomada depois de o fogo comprometer pastagens utilizadas para a criação de bovinos, ovinos, caprinos e o cultivo de abelhas.

O incêndio teve início no último dia 30 em uma área de mata de Canto do Buriti, mas se propagou até chegar a Pavussu, nesse domingo (3). Segundo a Secretaria de Estado da Defesa Civil, o incêndio foi provocado por ação humana em fazendas da região.

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