As denúncias de exploração sexual infantil nas redes sociais cresceram 61% nos últimos cinco anos no Brasil, é o que aponta o Anuário Brasileiro de Segurança Pública deste ano. Os dados referem-se ao período de 2019 e 2024.
O tema ganhou destaque nesta semana após a repercussão da publicação feita pelo influenciador digital Felca, no YouTube, contra a ‘adultização’ de crianças e adolescentes que estaria sendo cometida pelo também influenciador Hytalo Santos, que teve suas contas do Instagram e TikTok banidas.
O debate em torno do que é considerado saudável para o público infantojuvenil nas plataformas digitais reascende a importância do controle e monitoramento pelos pais ou responsáveis.
Em entrevista à TV Clube, para a psicóloga Kislley Urtiga, é necessário que os pais ou responsáveis criem uma condição de responsabilização das crianças e adolescentes, verificando o que é consumido nas redes sociais.
“Nós, como pais, somos responsáveis pelo monitoramento. Então, se somos responsáveis pelo monitoramento, sou eu quem dou o celular e sou eu quem regula o tempo do [uso do] celular. Por que não regular o que está sendo visto, os aplicativos, o que é permitido, o que não é permitido?
Limitação do uso do celular
A cabeleireira Karine Fontes é mãe da Cecília e conta que a pequena quase não tem contato com celular. Além disso, a exposição da menina nas redes sociais é limitada.
Para Karine, essa é uma maneira de proteger a infância da filha e garantir que ela aproveite essa fase da vida fazendo coisas típicas da idade.
“Eu optei por deixar ela longe das redes sociais e pretendo fazer isso o máximo de tempo possível. Acho que é importante a gente preservar as nossas crianças dessa hipersexualização, adultização e de responsabilidade que não é delas”, frisou.
Um guia do Governo Federal sobre usos de dispositivos digitais por crianças e adolescentes alerta para cuidados importantes a serem seguidos:
- Evitar o compartilhamento de fotos em que os menores apareçam com poucas roupas;
- Evitar publicação de fotos que exponham a rotina dos filhos;
- Tomar cuidado com a aceitação de convites de estranhos para amizade nas redes sociais;
- Utilizar as configurações de privacidade para restringir quem poderá ver as postagens.
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