14 de agosto de 2025

“Todo dia espero e ele não chega”, relata pai que procura filho durante campanha por desaparecidos no Piauí

Esta quarta-feira (13) marcou o Dia D da Campanha Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, que segue até sexta-feira (15) em todo o país.

Mayrla Torres

Repórter
Publicado há 14 horas

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Raimundo Alves busca pelo filho (Foto: TV Clube)

Esta quarta-feira (13) marcou o Dia D da Campanha Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, que segue até sexta-feira (15) em todo o país. A ação, realizada pelo Ministério da Justiça em parceria com as Secretarias de Segurança, busca facilitar a localização de pessoas desaparecidas por meio da coleta de material genético de familiares.

O material coletado é comparado a perfis genéticos já cadastrados no banco nacional para identificar pessoas sem identificação, localizadas vivas ou já falecidas.

Esteve no local o eletricista Raimundo Alves da Silva, que procura o filho desaparecido desde 21 de julho. Ele contou que o jovem já havia sumido outra vez, mas por apenas três dias.

“Já procurei muito, quase na cidade toda. Outra vez ele desapareceu e encontrei na rodoviária do Planalto Uruguai, mas dessa vez está com 22 dias. É triste porque a gente fica esperando uma pessoa e ela nunca chega. Fico desesperado. Todo dia eu espero e ele não chega. A mãe dele morreu há dois anos na Covid-19. Para eu perder o filho também…”, disse.

Filho de Raimundo Alves (Foto: TV Clube)

Hudna Martins, aposentada, também esteve no local para tentar localizar o irmão, que sumiu após sair para um trabalho voluntário pela igreja que frequentava.

“Eu entrava em contato sempre com ele, mas roubaram o celular e ele pediu para um amigo falar comigo. No mês de junho, ele desapareceu. Achei estranho. A última informação é que ele tinha saído com o pessoal da igreja para se internar. Eu já procurei em delegacias, hospitais de Teresina, e não achei em lugar nenhum. Eu não sei onde procurar mais”, relatou.

Irmão de Hudna Martins (Foto: TV Clube)

EXAME RÁPIDO E FÁCIL

Segundo Adlana Soares, gerente do Instituto de DNA Forense da Polícia Civil do Piauí, o exame é simples e rápido, feito com a coleta da mucosa oral.

“A gente processa esse material, obtém um perfil genético, insere num banco nacional e realiza a busca. O DNA pode ligar pessoas sem identificação, que estão em abrigos e já foram submetidas à coleta, ou até mesmo a restos mortais não identificados, que estão represados no IML buscando identificação”, explicou.

ONDE FAZER?

Instituto de Medicina Legal (IML) – Rua Francisca de Melo Lobo, s/n, bairro Saci.

Instituto de DNA Forense – Rua Governador Raimundo Artur Vasconcelos, nº 971, bairro Marquês de Paranaguá.

O atendimento vai até sexta-feira (15), das 8h às 17h.


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