Moradores denunciaram à TV Clube que o Parque Floresta Fóssil, localizado na zona Leste de Teresina, está sendo usado de maneira indevida. O ambiente, considerado um dos maiores registros de floresta fóssil a céu aberto do mundo, estaria abandonado e utilizado para a prática de relações sexuais.

O local, que fica às margens do Rio Poti, abriga o Museu de Paleontologia, inaugurado no fim do ano passado, mas que segue fechado ao público. Um vizinho, que não quis se identificar, relatou que há movimentação diária no parque para atividades ilícitas, incluindo também roubos, furtos e uso de drogas.

“Todos os dias, não tem horário, é carro, é moto, é pessoas entrando e saindo a pé do espaço para utilização para outros fins. É prática de sexo, é roubo e furtos, é uso de drogas. A gente já comunicou à polícia porque quando acontece isso as pessoas tentam repreender e a população está com medo, se sentindo insegura”, reclamou.

O investimento total no Parque Floresta Fóssil foi de R$ 12 milhões, mas não tem alcançado o objetivo de atrair turistas e visitantes para prestigiar os materiais descobertos que ajudam a contar a história da humanidade.

Basta adentrar o espaço para se deparar com o lixo acumulado, poste de iluminação caído e brinquedo infantil quebrado. Até preservativos no chão são encontrados. O educador ambiental Maurício Chaves contou que a insegurança é um entrave para as atividades no espaço.

“A gente se sente inseguro de fazer um passeio lá de forma confortável. A gente faz porque a gente leva segurança particular. A gente faz porque a gente tem esse compromisso com a sociedade e principalmente com a gente mesmo de estar contribuindo com o todo de Teresina”, ressaltou.

O outro lado

A TV Clube procurou a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Centro (SDU-Centro), que explicou que periodicamente são realizadas limpeza e manutenção no local. Além disso, a instituição pontuou que há uma licitação em andamento para a contratação de uma empresa que ficará responsável pela gestão do parque.

Quanto ao uso inadequado do lugar, a SDU Centro destacou que as denúncias devem ser comunicadas aos órgãos de segurança.

A Guarda Civil Municipal (GCM) esclareceu que não recebeu oficialmente nenhum pedido de reforço na segurança e disse que já realiza rondas ostensivas na região à noite.

A SDU Centro, porém, contestou as declarações e afirmou que expediu em março deste ano um documento pedindo à GCM aumento da vigilância no local, bem como acréscimo de quatro agentes à Secretaria Municipal de Segurança para a equipe de vigilantes, que conta atualmente com cinco profissionais.

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