O exame de insanidade mental realizado em Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, acusado de envenenar e matar oito pessoas, em Parnaíba (PI), teve resultado negativo para problemas psicológicos. A informação foi confirmada pelo diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica, Dr. Antônio Nunes.

“Foi constatado que não se fechava critérios de insanidade mental”, disse. Com isso, Francisco de Assis está apto a responder pelos crimes atribuídos a ele.

A audiência de instrução do padrasto, que havia sido adiada a pedido da defesa para a realização do exame, está marcada para a próxima sexta-feira (5) e também deve contar com a presença de sua companheira, Maria dos Aflitos, apontada como cúmplice nos crimes.

Sobre o exame

Para a análise, realizada no Instituto de Medicina Legal (IML), foram entrevistados o próprio acusado, duas enteadas, a companheira e um irmão de Francisco. A defesa havia alegado possível insanidade mental, o que levou o juiz a autorizar o procedimento após manifestação favorável do Ministério Público.

Segundo o diretor do departamento, a avaliação poderia apontar três situações: imputável (responde normalmente pelos crimes), semi-imputável (responsabilidade reduzida) ou inimputável (quando não pode responder). No caso de Francisco, a perícia descartou problemas psicológicos.

Relembre o caso

O primeiro envenenamento aconteceu em agosto de 2024, quando os netos de Maria dos Aflitos, João Miguel Silva, de 7 anos, e Ulisses Gabriel Silva, de 8, morreram após ingerirem suco contaminado. O casal tentou incriminar uma vizinha, que chegou a ser presa suspeita de entregar cajus envenenados às crianças.

No dia 1º de janeiro de 2025, cinco membros da família morreram após comerem um arroz envenenado preparado pelo casal durante uma festa de pós-Réveillon. As vítimas foram dois filhos e três netos de Maria dos Aflitos.

A última vítima foi Maria Jocilene da Silva, que morreu após beber café na casa de Maria.

Ao todo, sete pessoas morreram envenenadas. Conforme o delegado Abimael Silva, o casal planejava eliminar toda a família por “um intuito egoísta, para ficarem sós”.

As vítimas

• João Miguel Silva, 7 anos
• Ulisses Gabriel Silva, 8 anos
• Manoel Leandro da Silva, 18 anos
• Maria Lauane Fontinele Lopes Silva, 3 anos
• Francisca Maria Silva, 32 anos
• Maria Gabriele Silva, 4 anos
• Lívia Maria Leandra Silva, 17 anos
• Maria Jocilene da Silva, 41 anos

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