
A transição entre o consórcio Aurora/Recicle e as novas empresas responsáveis pela coleta de lixo em Teresina (PI) enfrenta impasse com os trabalhadores, que não podem ser contratados formalmente. A situação atrasa ainda mais a normalização do serviço na capital, mesmo com a chegada de novos caminhões.
Com o cancelamento do CNPJ da Aurora/Recicle, cerca de 1.800 garis ficaram sem vínculo formal. Nesta semana, começou a transferência desses trabalhadores para a Vox Ambiental, nova empresa responsável pela coleta de lixo domiciliar em Teresina. A migração iniciou na quinta-feira (28) e deve seguir até sexta-feira (5).
O presidente da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb), Vicente Moreira, da Prefeitura de Teresina, afirmou que foi feito um “acordo de cavalheiros” para que os garis continuassem trabalhando com as novas empresas, mesmo sem a baixa oficial nas carteiras de trabalho.
“Eles (Aurora/Recicle) sequer existem mais como empresa formada, não podem dar baixa na carteira dos funcionários e isso impacta tanto os caminhões como os compactadores”, disse.
O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresa de Asseio e Conservação (SEEACEP), Jônatas Miranda, denunciou a situação e disse que acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para a adoção das medidas necessárias.
“Mesmo com uma contratação de uma empresa, que é a Vox, eles se recusaram a dar o aviso e todo esse pessoal está sendo reaproveitado sem a baixa nas carteiras. Nós recorremos ao Tribunal Regional do Trabalho, entramos com uma petição, solicitando que nos auxilie nessa baixa de carteira, para que a gente possa estar dando essa oportunidade de reaproveitar todo o quadro ativo”, disse.
NOVOS CAMINHÕES
Segundo a Eturb, 29 veículos estão em operação: 12 da Via Ambiental, 12 da Ibero Lusitana e cinco compactadores da Natus, que atuam principalmente à noite.
Além dos novos veículos, 38 caminhões cadastrados pela cooperativa até 31 de agosto continuam em atividade. Os caminhões recém-chegados já circulam com adesivos da Prefeitura de Teresina.
Vicente explicou que a contratação emergencial foi feita porque os caminhões comuns têm capacidade menor que os compactadores. “Um caminhão compactador coleta quatro vezes e meia mais do que qualquer caminhão trucado. Tivemos que fazer isso para evitar que a coleta definhasse ainda mais”, afirmou.
O Portal ClubeNews entrou em contato com a assessoria do consórcio Aurora/Recicle e aguarda esclarecimentos. O espaço está aberto.
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