As redes sociais chegaram devagarzinho e logo tomaram conta do nosso dia a dia. De repente  já estamos rolando o feed, vendo a vida alheia, curtindo fotos, lendo opiniões, assistindo vídeos e, sem perceber, passando horas conectados. São ferramentas que se infiltraram na rotina de forma tão natural que hoje parecem indispensáveis. Mas até que ponto isso é saudável?

As intrusas do cotidiano

É comum estarmos em uma roda de amigos, mas cada um olhando para o próprio celular. Em casa, na hora da refeição, a conversa muitas vezes dá lugar às notificações. As redes sociais são, SIM, intrusas. Elas invadem momentos que antes eram de presença, silêncio, introspecção ou convivência real.

Além disso, invadem nossa privacidade: escutam gostos, observam comportamentos e moldam o que vemos. Já reparou como, depois de falar sobre um produto, ele aparece magicamente em anúncios? Isso não é coincidência. É algoritmo.

Apesar disso, é impossível negar o quanto elas ajudam. Conectam famílias distantes, aproximam amigos, impulsionam negócios e dão voz a quem antes não era ouvido.

Empresas ganham clientes, causas ganham força, artistas ganham público e qualquer um pode se informar (ou desinformar, o que exige atenção). Em tempos de correria, as redes permitem contato rápido, divulgação eficiente e até entretenimento gratuito.

O equilíbrio é o segredo

As redes sociais são como visitas: quando bem-vindas e controladas, fazem bem. Mas quando se instalam sem limites, cansam e desgastam.

Por isso, o ideal é usar com consciência. Saber a hora de desligar, de sair do automático, de olhar ao redor. Curtir mais a vida real do que os “likes”.

As redes sociais são, ao mesmo tempo, intrusas e necessárias. O problema não está nelas, mas no uso que fazemos. Cabe a nós decidir se vamos ser reféns do digital ou se vamos encontrar um jeito mais leve, humano e consciente de viver nesse mundo hiperconectado.