
O Ministério Público Federal (MPF) contabiliza mais de 2.150 benefícios previdenciários concedidos de forma ilegal, sobretudo aposentadorias rurais por idade, no Piauí. Diante disso, o MPF apresentou à Justiça 20 denúncias contra suspeitos de causar prejuízos de mais de R$ 216 milhões ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre 2018 e 2021.
Segundo o MPF, as organizações e associações criminosas foram identificadas a partir da Operação Bússola. Elas eram formados por servidores da autarquia pública, advogados e intermediários que, conforme o MPF, agiam para obter a concessão de benefícios previdenciários fraudulentos.
“Nessas 20 ações penais, o MPF contabiliza mais de 2.150 benefícios previdenciários concedidos de forma ilegal, sobretudo aposentadorias rurais por idade. Ainda há, pelo menos, 12 inquéritos em andamento na Polícia Federal no âmbito da Operação Bússola”, informou.
O MPF lembra que “as investigações tiveram início a partir da prisão, em novembro de 2019, de duas pessoas em uma agência bancária de Teresina (PI) que tentavam sacar valores de benefícios fraudulentos, utilizando documentos falsos”. A partir disso, a “análise do núcleo de inteligência do Ministério da Previdência identificou documentos relativos a outros 36 benefícios previdenciários/assistenciais”.
Após a verificação, em novembro de 2021, foi deflagrada a Operação Bússola. As equipes cumpriram 16 mandados de prisão preventiva, 23 mandados de prisão temporária e 57 mandados de busca e apreensão.
Em 27 de agosto de 2025, uma nova operação – batizada de Esteio – investigou mais um grupo criminoso, descoberto também a partir das apreensões da Operação Bússola. “Policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Teresina”, cita o MPF, afirmando que “o trabalho revelou a atuação de novos integrantes do esquema criminoso: um servidor do INSS, dois advogados, dois falsários e dois agentes financeiros, além de outros já investigados e/ou denunciados na Operação Bússola”.
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