O coordenador do aterro sanitário de Teresina (PI), Alexandre José da Silveira, negou irregularidades de descarte de resíduos no local, na época em que assumiu a função, em janeiro de 2025. Ele prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do lixo, na manhã desta terça-feira (23), na Câmara de Teresina.

De acordo com Alexandre Pereira, a balança utilizada para aferir o peso do material passou por uma atualização do sistema. Mesmo com a mudança, os dados foram reaproveitados e são fiscalizados por dois funcionários terceirizados, chamados de balanceiros.

“A balança é o coração do aterro. É dela que sai as medições de toda a cidade. Ela é tão falada e cobrada. Ela estava funcionando; tinha um sistema antigo e nós resolvemos mudar o sistema. A gente não sabia quem tinha implantado e colocamos um sistema”, disse.

Alexandre José disse que quando há inconsistência na pesagem dos resíduos, o responsável pelo local é chamado para averiguar a situação. Imagens de câmera de segurança, voltada para o setor onde fica a balança, são utilizadas para contestar o material pesado.

“Quando um carro chega, tem uma câmera na entrada da balança. Ela só filma os carros que chegam para serem pesados. Às vezes, a gente tira com as imagens algumas dúvidas de carradas fora do padrão. A gente recorre às filmagens quando se está fora do padrão. Ela é toda automatizada”, pontuou.

O coordenador também pontuou o fim da vida útil do atual aterro de Teresina, transformado em local de descarte somente para entulho e restos de poda de árvores. Os demais materiais são enviados para aterros particulares.

“O problema do lixo, na minha visão, não começa no aterro. Começa na limpeza, na coleta. O aterro apenas recebe esse material. Na mudança desse aterro, vai resolver a questão da disposição, que é a colocação do lixo”, concluiu.