25 de setembro de 2025

Doença do coração que matou filha da modelo Schynaider pode aparecer em qualquer idade, alerta médico

Adolescente morreu vítima de cardiomiopatia dilatada três anos após receber implante do coração.
Repórter
Publicado há 15 horas

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Schynaider Moura e a filha Anne-Marie (Foto: Instagram)

A cardiomiopatia dilatada, doença que levou à morte de Anne Marie, de 16 anos, filha da modelo piauiense Schynaider Moura, pode ser diagnosticada em qualquer idade, segundo o cardiologista Rafael Jung. A jovem havia recebido um transplante de coração há três anos, após sofrer uma parada cardíaca, mas no último domingo (21) sofreu uma nova parada e não resistiu.

De acordo com o médico, a doença ocorre quando o coração dilata, o que impede o órgão de exercer adequadamente sua função de bombear sangue para todo o corpo. As causas são variadas e cada caso apresenta suas particularidades.

“Existem diversas causas. Essas causas são idiopáticas, onde não têm um causa específica; podem ser genéticas, o paciente já nasce com o problema genético; podem ser isquêmicas, onde o paciente tem doença coronariana, que são doenças dos vasos cardíacos”, esclareceu.

Mesmo após o transplante do órgão, o resultado pode não ser favorável quando a doença já se encontra em estágio avançado, com desgaste do organismo provocado pelo uso contínuo de medicamentos e pela implantação de dispositivos eletrônicos destinados a melhorar a função cardíaca.

O médico Rafael Jung (Foto: Arquivo Pessoal)

“Se houver algum problema de ejeção do coração ou ele não conseguir acoplar o volume de sangue que chega, isso é uma essência cardíaca [cardiomiopatia]. Se ele não consegue ejetar, o que chega a ele não consegue ir. Então, acumula no pulmão, acumula no fígado, que são sinais de congestão cardíaca. O paciente que está bem e tem morte súbita, provavelmente, teve arritmia ventricular”, destacou.

Ainda de acordo com o especialista, a miocardiopatia dilatada pode afetar pessoas de todas as faixas etárias. Em alguns casos os sintomas podem surgir a partir dos 35 anos, e costumam aparecer depois da ocorrência de um infarto cardíaco.

“A causa mais comum após os 35 anos é a miocardiopatia secundária a infarto agudo do miocardio, quando o paciente tem doença coronariana, infarta, o coração cresce e está suscetível à morte súbita e à essência cardíaca. Abaixo dos 35 anos existem diversas causas. Por exemplo, um paciente que tem miocardiopatia hipertrófica é um coração que inicialmente tem um tamanho normal, mas por dentro as cavidades menores, com o músculo um pouco mais grosso”, disse.

Rafael Jung ressaltou que a adoção de hábitos saudáveis é fundamental para a prevenção da doença, além da observância de possíveis alterações no coração.

“A gente não deve menosprezar jamais os sintomas. É preciso investigar, fazer os exames, e o mais importante: ter hábitos de vida saudáveis, não beber, ter ingestão de sal mínima, ingerir minimamente alimentos ricos em gordura, evitar o tabagismo. Então, tem que ter uma mudança de mentalidade e hábitos saudáveis”, alertou.

Os sintomas incluem:

  • Cansaço aos pequenos esforços;
  • Dificuldade para deitar em postura ereta;
  • Falta de ar durante a noite;
  • Inchaço nas pernas;
  • Sensação de cheio após ingerir alimentos;
  • Inchaço abdominal;
  • Dor na região do fígado;
  • Taquipneia (respiração acelerada e superficial)


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