O governador Rafael Fonteles (PT) disse ainda não saber o teor da investigação deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra a Secretaria de Saúde do Piauí. Durante a ação da PF na terça-feira (30), foram apreendidos quase R$ 1 milhão em espécie, joias e dois carros de luxo.

Na manhã desta quarta-feira (1°), um dia depois da operação, Rafael Fonteles adiantou que todas as pastas do Governo estão dispostas a colaborar com as investigações e, segundo ele, os envolvidos deverão sofrer as “penalidades da lei”.

“Todas as secretarias do Estado estão dispostas a colaborar com qualquer investigação que aconteça em cima de qualquer contrato público. Nós valorizamos o Estado Democrático de Direito e é muito importante que as instituições cumpram com o seu papel; que todo o processo de investigação aconteça e as pessoas investigadas tenham oportunidade de defesa. Quem tiver problemas vai ter que cumprir as penalidades da lei”, declarou.

As buscas foram cumpridas no primeiro andar do prédio, onde funciona o setor administrativo da Sesapi, no Centro Administrativo, e fazem referência a contratos. A operação é da PF em ação conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU/PI) e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI).

Questionado sobre a necessidade de auditoria para apurar possíveis irregularidades, Rafael Fonteles disse que as análises contratuais são constantes e reiterou que a falta de informações sobre o caso o impossibilita de se manifestar com mais detalhes.

“As auditorias são feitas de maneira permanente. Nós temos o nosso controle interno em todas as secretarias e é claro que existe o controle externo com os órgãos de investigação. Esse é um trabalho constante. Não tenho como me pronunciar sobre esse caso concreto porque não foi repassada nenhuma informação até agora para a Secretaria de Saúde”, pontuou.

O Chefe do Executivo finalizou dizendo que a determinação dada às pastas ligadas ao Governo foi de colaborar com o processo investigativo para aguardar o desenrolar dos fatos.

“O Governo do Estado trabalha com um volume de recursos superior a R$ 20 bilhões. São milhares de contratos públicos e todos têm que ser devidamente fiscalizados internamente e externamente. Temos que ter cautela nesse momento para saber exatamente o que aconteceu”, concluiu.