4 de outubro de 2025

A sexualidade positiva é nossa por direito!

Sexóloga
Publicado há 10 horas

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Libido feminina (Foto: Freepik)

Historicamente, a sexualidade tem sido amplamente associada a experiências negativas, a mitos, a tabus e a julgamentos morais. Falar de sexualidade positiva é valorizar o direito de usufruir da libido, do prazer, da satisfação e da autoestima sexual. Envolve também o direito de desfrutar de experiências sexuais livres de qualquer coerção e de violência. No entanto, as mulheres são a parte mais frágil da sexualidade em uma perspectiva que envolve desprazer, culpa e violência.

Desde cedo, as mulheres são instruídas de que a iniciação sexual inevitavelmente causa dor e sangramento. Além disso, elas são bombardeadas a respeito dos perigos da prática sexual como: o risco de gravidez indesejada, de infecções sexualmente transmissíveis e de violência sexual. Esse cenário é ameaçador para a experiência de práticas sexuais prazerosas para elas.

As instruções não param por aí. As mulheres também são ensinadas a aguardar a chegada de um parceiro masculino para despertar e validar o desejo sexual delas. Nesse contexto, o desejo sexual masculino deve ser o protagonista que autoriza o despertar da libido feminina. Consequentemente, há uma proibição subliminar para que as mulheres conheçam e acessem toda a potência do corpo erótico delas.

Assim, as mulheres entendem que devem ser um corpo para o outro desfrutar de prazer, ou seja, devem ser objetos de prazer para seus parceiros. Logo, elas aprendem a esperar que sejam seduzidas ou a performar para agradá-los e para corresponder ao desejo sexual deles. Esse cenário de submissão feminina é desolador para a perspectiva de práticas sexuais prazerosas para elas.

Priorizar o próprio prazer na vida é uma tarefa difícil para a maioria das mulheres. Sabe por quê? O cuidado com o bem-estar da família e de todos ainda é destinado majoritariamente às mulheres. Dessa forma, se estabelece o ciclo da culpa que aprisiona a sexualidade das mulheres, como:

  • Sentir dificuldade em sentir prazer na vida sem culpa
  • Aprender a ser boa moça para os outros, a reprimir a libido e os desejos
  • Entender que as mulheres que têm desejo não são respeitadas
  • Não receber educação para a sexualidade feminina
  • Acreditar que as mulheres devem dar prazer aos homens

Na perspectiva da sexualidade positiva, veja como você pode ser protagonista do seu próprio prazer:

  • Tome coragem para questionar o que aprendeu sobre o que é ser mulher
  • Abra espaço para se empoderar do seu corpo e do seu prazer
  • Faça as pazes com sua autoestima, se torne autônoma e liberta
  • Aprenda a fazer escolhas e a falar o que você gosta e desgosta

Dra. Andréa Rufino – CRM/PI 2006, RQE 434 e 1484
Ginecologista e Sexologista


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