
A votação do novo pedido de empréstimo da Prefeitura de Teresina (PMT), prevista para acontecer nesta terça-feira (21), foi suspensa após dois vereadores pedirem vistas da proposta. A operação de crédito com o Banco do Brasil tem valor de R$ 435 milhões.
O pedido de vistas é a solicitação para que um projeto seja retirado de pauta temporariamente, conforme o prazo regimental da Casa. Apresentaram o pedido os vereadores João Pereira (PT) e Petrus Evelyn (Progressistas).
Em entrevista ao Portal ClubeNews, logo após a sessão plenária, Petrus Evelyn justificou que faltou maior tempo de discussão da Prefeitura de Teresina para com a Câmara Municipal.
“A Prefeitura não abriu diálogo com os vereadores e nem com a população sobre esse empréstimo. Foi explicado pelos vereadores posteriormente. Isso precisa ser analisado com cuidado porque é um empréstimo feito pelo Poder Público e que será pago pela população”, criticou.
A operação de crédito foi encaminhada ao Legislativo no final do mês de setembro. O principal interesse do Município é renegociar a atual dívida com o Banco do Brasil em relação a dois empréstimos contratados na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD), somando R$ 620 milhões.
O líder do prefeito Silvio Mendes (União Brasil) na Câmara, Bruno Vilarinho (PRD), aguardava uma votação consensual da proposta, mas foi surpreendido pelas manifestações de Petrus Evelyn e João Pereira.
“Vamos continuar o nosso trabalho como líder, dialogando com os colegas que pediram vistas, mostrando as informações que a Prefeitura mandou. É um atraso para Teresina, porque o empréstimo vai ajudar na saúde financeira do Município”, rebateu.
Agora, os vereadores que pediram vistas terão o prazo regimental de quatro sessões ou duas semanas para analisar a proposta de empréstimo. Durante o processo, os parlamentares poderão sugerir modificações à peça original ou requerer maiores dados da Prefeitura de Teresina.
O presidente da Câmara, Enzo Samuel (PDT), disse que o pedido de vistas é uma prerrogativa dos vereadores e reiterou dizendo que fez cumprir o regimento interno da Casa.
“Concordo com o vereador Bruno, foi bastante debatido esse projeto do empréstimo. Não entrou em votação de regime de urgência. Foram solicitadas informações, documentos à Prefeitura, mas é preciso respeitar a vontade dos parlamentares”, lembrou.
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