
Atualizada às 8h30
Os advogados Juarez Chaves de Azevedo Júnior e Flávio Almeida Martins, e a servidora estadual Lucile de Souza Moura, foram presos temporariamente nesta quarta-feira (22) em Teresina. A ação foi realizada pela Diretoria Especializada em Operações Policiais (Deop).
Eles foram levados para a Central de Inquéritos de Teresina e são alvo de duas investigações. A primeira, da Polícia Civil, apura a criação de denúncias falsas e dossiês forjados que teriam sido usados para pressionar desembargadores e juízes em casos de disputa por terras.
Nesse caso, os suspeitos respondem por coação durante processos judiciais, denunciação caluniosa, calúnia e formação de grupo criminoso.
Outra operação
A Polícia Federal (PF-PI) cumpriu mandados de busca e apreensão contra o desembargador José James Pereira, suspeito de envolvimento no esquema. Ele foi afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).
O advogado Juarez Chaves, preso nesta quarta-feira (22), também é investigado pela Polícia Federal. Ele e outros envolvidos estão proibidos de acessar o prédio do TJ-PI.
Servidora afastada
Lucile de Souza é servidora efetiva do estado e atua como professora assistente em regime de dedicação exclusiva, segundo o Portal da Transparência. Ela estava cedida à assessoria especial do governador Rafael Fonteles (PT), na Secretaria de Governo (Segov).
A exoneração de Lucile do cargo de assessora especial foi publicada no Diário Oficial do Estado em 1º de outubro.
As investigações correm em sigilo, e ainda não há informações detalhadas sobre os mandados ou o envolvimento dos suspeitos. As defesas e os órgãos citados podem se manifestar.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA OAB-PI
O Sistema Estadual de Defesa das Prerrogativas e Honorários da OAB Piauí informa que acompanha, desde as primeiras horas desta quarta-feira (22), as ações policiais realizadas no Estado envolvendo integrantes da advocacia, com equipes mobilizadas para o acompanhamento institucional dos fatos e para assegurar o respeito às garantias legais da profissão.
A OAB-PI reafirma que o Sistema de Prerrogativas atua na observância das prerrogativas profissionais, da legalidade dos procedimentos e, quando cabível, na garantia do direito à Sala de Estado-Maior, permanecendo vigilante em defesa do exercício livre e digno da advocacia.
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