
Dezesseis trabalhadores, sendo três naturais do Piauí e 13 do Maranhão, foram resgatados de situação análoga à escravidão no Ceará na semana passada. De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho no Ceará (SRT-CE), eles eram submetidos a condições degradantes em um alojamento de obra da construção civil no município de Pacatuba, na região metropolitana de Fortaleza.
Os trabalhadores resgatados são oriundos das cidades maranhenses de Pastos Bons, Buriti Bravo, São João dos Patos e Colinas, além de Batalha, no Piauí.
As fiscalizações constataram diversas irregularidades. O alojamento era insalubre e faltavam itens básicos. Os empregados, por exemplo, não tinham talheres, sendo obrigados a usar as tampas das quentinhas como colheres para se alimentar. Também não havia copos, e eles bebiam água diretamente da garrafa.
Além disso, os trabalhadores não tinham acesso a água potável e realizavam as atividades laborais sem equipamentos de segurança. Um dos resgatados sofreu um acidente de trabalho e teve a mão machucada. Auditores-fiscais também identificaram a prática de descontos indevidos nos salários.
Como resultado da ação, a obra foi embargada e a empresa responsável foi obrigada a pagar a remuneração devida às vítimas. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT-CE), os trabalhadores já retornaram aos seus estados de origem.
A operação de resgate contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT-CE) e da Polícia Federal. Não foram divulgadas informações sobre quantos resgatados eram de cada município, nem há quanto tempo estavam trabalhando no local.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e entre no nosso Canal.
Confira as últimas notícias: clique aqui!
