Atualizada às 13h10

Pelo menos quatro pessoas são suspeitas de envolvimento no sequestro dos amigos Victor Bruno e Welison Ferreira, de 15 e 16 anos, respectivamente. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon.

Dos quatro suspeitos, dois foram presos e outros dois liberados após depoimentos. O primeiro suspeito foi preso no dia 21 de outubro e foi identificado apenas como Lucas; já o segundo foi identificado como Kauan e preso nesta quarta-feira (29).

Victor Bruno e Welison Ferreira foram vistos pela última vez na noite de 20 de outubro de 2025, quando saíram de suas casas para visitar as namoradas, que são irmãs. O primeiro preso suspeito de envolvimento no caso, Lucas, é primo das irmãs.

Eles foram à casa delas após a namorada de Vitor pedir por um leite. Os familiares denunciaram o desaparecimento à Polícia Civil do Maranhão e acompanham as buscas pelos adolescentes.

Valdenê Pereira da Silva Santos, pai do Victor Bruno, fala sobre os últimos momentos do filho antes dele desaparecer. “Ele (Victor) mora com a mãe. Chegou do serviço e tinha uma mensagem no Instagram, que a namorada dele tinha mandado, para ir deixar esse leite”.

“Também tinha ligação no celular do amigo dele para ir deixar esse leite. Ele tomou banho, pegou a bicicleta e foram deixar esse leite. De lá, pronto, essa agonia”, acrescentou o pai.

A secretária de Segurança Pública de Timon, delegada Mariely Vilhena, relatou que a linha inicial da investigação aponta que o crime foi ordenado por uma facção criminosa. As vítimas não possuem ficha criminal.

“Pelos depoimentos colhidos, a informação seria de que os autores do crime são faccionados e essa ação criminosa teria vindo da facção. Mas só podemos afirmar isso ao final das investigações, com o relatório conclusivo da DHPP”, informou a secretária.

Nesta semana, a mãe de Vitor, Antônia Carine, também fez um desabafo em entrevista à TV Clube. Ela expressou os dois lados de sua angústia: a esperança de encontrar o filho vivo e o medo de que ele tenha sido morto.

“Eu tenho esperança, mas tem um lado também que me deixa em alerta. Se está morto, por que não falam? Porque já sabemos que eles foram pegos, só que não querem entregar o corpo, não querem dizer se estão vivos ou mortos”, desabafou a mãe.