13 de novembro de 2025

Estudantes com deficiência contam com recursos de acessibilidade no Enem 2025

O atendimento especializado é um direito garantido pelas políticas do exame
Atualizado há 6 dias

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No final de semana, milhões de estudantes irão realizar primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Muitos deles contam com recursos de acessibilidade. São candidatos com deficiência visual, auditiva, motora ou intelectual.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o atendimento especializado é um direito garantido pelas políticas do exame, que buscam oferecer condições mais justas a candidatos com deficiências, transtornos e outras características

A estudante do terceiro ano do Ensino Médio em um colégio particular de Teresina, Gabrielle Menezes, é autista e poderá realizar a prova do Enem com canetas de cores diferentes, contrariando a obrigação da caneta esferográfica de tinta preta.

“Na primeira série, eu não pus meu laudo nem minha variação, então não tive direito a nenhuma adaptação no Enem. Mas na segunda série, eu botei e percebi muita diferença. Eu não sabia que a extensão era só para pessoas com Transtorno do Espectro Autista e que no meu cartão de inscrição eu tinha direito a uma hora extra e a canetas coloridas”, explicou

A psicóloga da escola de Gabrielle, Raíssa Ferraz, contou que a unidade escolar realiza um trabalho especializado para garantir que o estudante chege confiante no dia do exame.

“Cada aluno tem o seu processo, de acordo com todas as orientações da equipe terapêutica do aluno. A escola também coloca em prática durante todo o ano para que eles consigam simular o dia da prova do Enem. Para que quando chega no dia da prova, eles se sintam seguros e confiantes”, disse.

Raquel do Nascimento, de 29 anos, é cadeirante e irá realizar o Enem pela primeira vez, contando com toda a acessibilidade oferecida pela banca da prova.

“Todo esse ano eu vim estudando, fazendo questões e também tive o apoio de algumas pessoas de onde eu fazia curso. E acabava me preparando para fazer o Enem”, comentou.

“A sociedade precisa entender que a deficiência está neles e não na gente. Porque mostramos que a limitação vai além, que podemos ir para qualquer lugar”, concluiu Raquel.


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