14 de novembro de 2025

Victor Linhares aparece em viagens internacionais com investigados por fraude em postos ligados ao PCC

A investigação apontou que Victor Linhares recebeu Pix de R$ 230 mil de um investigado operação, segundo o delegado.
Atualizado há 1 hora

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Vídeos obtidos pela Secretaria de Segurança do Piauí mostram o ex-vereador Victor Linhares (PP) em viagens internacionais com investigados pela Operação Carbono Oculto 86, que investiga lavagem de dinheiro e fraudes no setor de combustíveis ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), estimado em R$ 5 bilhões.

O espaço segue aberto para manifestação das defesas dos citados.

A investigação apontou que Victor Linhares recebeu Pix de R$ 230 mil de um investigado operação, segundo o delegado Anchieta Nery. Ele teria movimentado o valor e abandonado a conta ligada à ‘fintech do PCC’.

Nos vídeos aparecem Victor Linhares acompanhado dos empresários Haran Santiago Girão Sampaio e Danillo Coelho de Sousa, donos dos postos HD e Diamante, e as esposas gêmeas Thamyres Leite Moura Sampaio e Thayres Leite Moura Coelho, alvos da Operação Carbono Oculto 86.

Conforme a investigação, o grupo ligado aos empresários utilizava uma complexa estrutura de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar capitais ilícitos, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio.

Empresários investigados por fraudes em postos de combustíveis (Foto: Reprodução)

Durante a operação foram apreendidos os bens dos investigados, entre eles um avião pertencente ao empresário Haran Santhiago Girão Sampaio e uma Porsche avaliada em mais de R$ 550 mil.

A decisão judicial também determinou o sequestro de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas envolvidas, até o limite de R$ 348,7 milhões, conforme documento assinado pelo juiz Valdemir Ferreira Santos. Além da interdição de mais de 40 postos de combustíveis pertencentes ao grupo em cidades do Piauí, Maranhão e Tocantins.

Facção planejava criar centro de distribuição de combustíveis adulterados

A facção Primeiro Comando da Capital (PCC) pretendia instalar um centro de distribuição de combustíveis adulterados na cidade de Altos, no Piauí, para abastecer outros estados do país, conforme as investigações.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, o grupo aproveitava a posição estratégica do estado, que possui “a única capital do Nordeste localizada no interior”, para escoar combustíveis adulterados.

“Esse grupo estava construindo uma distribuidora de combustível, na estrada para Altos, para irrigar os outros estados. São alimentados pelo braço financeiro do PCC, que estava na Faria Lima. A infiltração do PCC no setor de combustíveis trouxe desequilíbrio para os consumidores, tanto pela bomba baixa quanto pela adição de substâncias, mas também para os empresários e para o próprio fisco, que deixou de arrecadar”, afirmou o secretário.

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