
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anulou três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 após analisar relatos de antecipação de perguntas aplicadas na prova.
Edcley Teixeira que se apresenta como estudante de Medicina e vende serviços de consultorias mostro e sua live no Youtube ao menos cinco questões quase iguais às que caíram na avaliação oficial. Algumas, inclusive, têm exatamente os mesmos números cobrados dos candidatos.
O Inep afirma que a Polícia Federal foi acionada para apurar a conduta e a eventual autoria da divulgação das questões, investigando possível quebra de sigilo ou ato de má-fé.
Segundo o Inep, foram identificadas “similaridades pontuais” entre questões divulgadas nas redes sociais e itens presentes na prova, embora nenhuma pergunta tenha sido apresentada exatamente como na versão aplicada em 2025.
Os rumores sobre um suposto vazamento de questões do Enem começaram a circular nas redes sociais na noite de segunda-feira (17), dia seguinte à aplicação das provas de matemática e ciências da natureza, no último domingo.
Como Edcley explica a semelheança
Em seus vídeos e stories postados nas redes sociais, Edcley conta que uma das principais técnicas usadas na “adivinhação”, segundo o próprio “mentor”, foi memorizar questões do Prêmio CAPES Talento Universitário, prova opcional aplicada em concurso para estudantes do 1º ano de graduações.
Edcley teria descoberto que essas perguntas serviriam como “pré-teste” para integrarem futuras edições do Enem. O Inep não confirmou qualquer associação entre esses dois exames.
Ele diz em um dos stories que questões desse prêmio são usadas como base para futuros itens do Enem. Edcley teria memorizado parte dessas perguntas para repassá-las aos seus alunos nas lives.
O que ele afirma em seus vídeos
Edcley argumenta ter descoberto que a prova do prêmio da CAPES serviria como inspiração para o Enem após ler o livro “O Roubo do Enem”, escrito pela jornalista Renata Cafardo. A autora explicou em entrevista ao g1 que faz a elaboração de pré-testes na obra, mas não faz nenhuma referência à CAPES.
Depois, em outro vídeo, Edcley afirma que “não existe isso da CAPES” e que tudo foi previsto em técnicas muito mais apuradas, com base nos “algoritmos” desenvolvidos por ele e em suas análises da Teoria de Resposta ao Item (TRI – método de correção do Enem) feitas ao longo de mais de 10 anos.
O jovem também alega ter estudado as chamadas públicas com os nomes das pessoas que produziriam e revisariam as perguntas do Enem. Ele teria as identificado e investigado os artigos científicos já publicados por elas.
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