
A audiência de instrução e julgamento do processo que envolve a vereadora de Teresina (PI), Tatiana Medeiros (PSB), inicia na segunda-feira (24) e se estende até a sexta-feira (28). A Justiça Eleitoral solicitou o reforço na segurança e a presença de público foi vetada.
Serão ouvidas 112 pessoas, entre testemunhas apresentadas pela defesa e acusação, além dos interrogatórios dos denunciados. O local escolhido para a audiência foi o Fórum Eleitoral de Teresina, sob condução da 98ª Zona Eleitoral, na Avenida Marechal Castelo Branco, zona Sul da cidade.
A vereadora Tatiana Medeiros e mais oito pessoas foram denunciadas por crime eleitoral, organização criminosa, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e eventual ligação com facções criminosas.
A projeção é que sejam ouvidas 20 pessoas por dia. O acesso da imprensa ao local também foi reduzido. “É vedada a aproximação a juízes, partes, testemunhas e servidores sem prévia autorização”, informou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI).
Instrução e julgamento
Na fase da audiência de instrução e julgamento, são produzidas as provas e ouvidas as partes envolvidas antes da decisão do juiz. É o momento em que se colhem as provas orais, como depoimentos das partes e testemunhas, com o objetivo de esclarecer os fatos alegados.
Após a fase de instrução, o juiz pode ouvir as alegações finais das partes – oralmente ou por escrito – e, em seguida, proferir a sentença.
Prisão
A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi presa pela Polícia Federal, no dia 3 de abril, durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. Atualmente, a parlamentar cumpre prisão domiciliar desde o dia 3 de maio, com o uso de tornozeleira eletrônica.
A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre vereadora eleita na capital piauiense e “expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado”.
Segundo a Polícia Federal, há indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental.
Além das medidas judiciais, o Juízo Eleitoral determinou a suspensão das atividades da organização não governamental (ONG) “Vamos Juntos”, mantida pela vereadora.
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