O segundo dia da audiência da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) acontece nesta terça-feira (25), no Fórum Eleitoral de Teresina. Serão ouvidas as testemunhas de defesa. A parlamentar chegou ao local por volta das 9h, acompanhada dos advogados.

Tatiana e mais oito pessoas foram denunciadas por crime eleitoral, organização criminosa, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e eventual ligação com facções criminosas.

Entre as pessoas denunciadas está Alandilson Cardoso, namorado da vereadora, que não participou da audiência de hoje (25). O réu está preso na Cadeia Pública de Altos e foi escoltado até Teresina na segunda-feira (24).

Diferente do primeiro dia, o colegiado de três juízes que conduz a sessão autorizou o acesso da imprensa à sala da audiência. Segundo a juíza Júnia Feitosa, da 1ª Zona Eleitoral, a expectativa é ouvir 20 testemunhas de defesa ao longo do dia.

Um policial que seria ouvido ontem (24), entre as testemunhas de acusação, foi dispensando porque estava em missão policial e não poderia permanecer na audiência. Hoje (25), no fórum, apenas Tatiana Medeiros, entre os nove réus do processo, está presente. Os demais não compareceram por questões de logística.

Das 22 testemunhas de defesa a serem ouvidas são ligadas ao Instituto Vamos Juntos, três delas também participaram da audiência de ontem (24). O instituto é mantido pela vereadora.

Na segunda-feira (24), 11 testemunhas de acusação prestaram depoimento durante quase 10 horas, entre elas o delegado Daniel Araújo, da Polícia Federal, e a delegada Adília Klein, da Polícia Civil.

O promotor Plínio Fontes explicou que a denúncia do Ministério Público Eleitoral se baseia em investigação da Polícia Federal e dados compartilhados pela Polícia Civil.

“O Ministério Público (MP) encontrou indícios de vários crimes e ofertou a denúncia. Nós estamos em fase de instrução, ou seja, coletando provas para depois se confirmar se a denúncia é verídica ou não”, explicou.

As testemunhas previstas para hoje foram arroladas pela defesa da vereadora e, segundo o MP, possuem relação com o instituto “Vamos Juntos”, ligado à parlamentar.

COMPRA DE VOTO

A defesa da vereadora Tatiana Medeiros afirma que não ocorreu a compra de votos no processo eleitoral para eleger a cliente. Ela foi eleita para o primeiro mandato nas eleições de 2024 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Tatiana obteve 2.925 votos. Entre os crimes em julgamento, está o financiamento de campanhas eleitorais por facções criminosas no Piauí.

“A defesa sustenta que não houve compra de votos. O que eu posso dizer, e o que eu já tenho dito desde o início: é que não há envolvimento de facção. As premissas que iniciaram a investigação da Polícia Federal não se confirmaram”, disse o advogado Samuel Castelo Branco.

Após a produção das provas, a defesa ressalta que vai analisar o pedido de revogação da prisão domiciliar da parlamentar.

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