17 de dezembro de 2025

Violência contra a mulher: por que falar sobre ela?

Atualizado há 2 dias

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Violência contra a mulher (Foto: Freepik)

Eu faço parte de um grupo privilegiado:

– Eu nunca sofri a Violência contra a Mulher.

E há muitos anos atras, se alguém me perguntasse sobre esse tema, o que ingenuamente me viria à cabeça seria a situação de mulheres em países muito distantes do meu, mulheres cobertas de burcas, propriedades do homem, mulheres traficadas, mulheres impedidas de estudar, como a história de Malala no distante Paquistão… 

Só que Violência contra a Mulher é isso, mas também é muito mais!

Esse é um fenômeno que atravessa fronteiras, culturas e classes sociais e permanece como um dos maiores DESAFIOS EM DIREITOS HUMANOS DO NOSSO TEMPO!

E onde ela não é tão escancarada, historicamente, ela foi invisibilizada!

Sim! O Brasil é um país onde a Violência contra a Mulher foi normatizada, invisibilizada e silenciada por anos e anos.

Nesta última semana a mídia noticiou inúmeros casos de violência contra a mulher e de Feminicídio. Noticiou também que esses números alarmantes vêm aumentando ano após ano! Aumento real? ou mais notificações para o mesmo grande problema de sempre?

O fato é: No Brasil, a cada seis horas uma mulher é morta em decorrência da simples condição de ser mulher, e milhares enfrentam agressões físicas, psicológicas e sexuais muitas vezes dentro de suas próprias casas, a maior parte vinda de parceiros, ex-parceiros ou conhecidos, o que torna a denúncia e a proteção ainda mais complexas.

Essa violência afeta mulheres, famílias inteiras e crianças que de um espectro a outro vivenciam o trauma emocional de um ambiente tóxico ou muitas vezes passam a reproduzir esses comportamentos agressivos.

A Violência contra a mulher é sustentada por desigualdades históricas que desvalorizam a presença feminina, neutralizam comportamentos agressivos e chegam até a culpabilizar as vítimas. Quem não conheceu aquele velho ditado: “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”?

Na verdade, ninguém pode é se eximir da responsabilidade de combater essa cultura de violência.

Sim, nós avançamos em muitas políticas públicas, mas ainda temos um caminho longo pela frente, que exige muito além de leis rígidas e punitivas, exige EDUCAÇÃO e ENVOLVIMENTO COLETIVO

E o que a GINECOLOGIA tem a ver com tudo isso?

Antes de mais nada, nós somos MULHERES ACOLHENDO OUTRAS MULHERES. E acolhimento é o ponto de partida muitas vezes para a percepção da violência e a mudança. Eu nunca sofri violência, mas eu enxergo o quanto ela existe, está entremeada no nosso cotidiano e eu quero ajudar outras mulheres.

O enfrentamento do tema é responsabilidade de todos nós!  Homens e Mulheres! e como Mães que somos, é nossa responsabilidade, não só educar MENINAS para ocuparem seus espaços e lutarem contra as desigualdades históricas, mas também, educar MENINOS sob uma nova ótica de compartilhamento de responsabilidades e respeito às mulheres.

Devemos sim fazer repercutir o tema, porque cada palavra, cada conversa e cada gesto de apoio ajudam a criar ambientes mais seguros e reduzir a tolerância social com qualquer tipo de agressão!

Ao defendermos as Mulheres, defendemos também um futuro mais justo e humano pra toda a sociedade.

Obs: se precisar de ajuda: Disque 180 ou 190 ou WhatsApp 24h:08000001673


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