O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (19) os dados das Contas Regionais de 2023 para todos os municípios do país. No Piauí, 10 municípios concentraram 60,48% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual em 2023, somando R$ 48,9 bilhões.

Em 2002, essa fatia era maior: 65,29%. A redução foi de 4,81 pontos percentuais em 21 anos. Os outros 214 municípios responderam por 39,52% do PIB.

Teresina perdeu participação no PIB estadual. Em 2002, a capital concentrava 49,44% da economia do Piauí. Em 2023, caiu para 36,39%, uma redução de 13,05 pontos percentuais.

Parnaíba tinha o segundo maior PIB do Piauí em 2002, com 4,42% de participação. Em 2023, subiu para 4,55%, mas caiu para a terceira posição. Uruçuí assumiu o segundo lugar, com crescimento expressivo: passou de 1,07% em 2002 para 5,22% em 2023.

Entre 2002 e 2023, três municípios deixaram a lista dos dez maiores PIBs do Piauí: União, Fronteiras e Oeiras. Entraram Ribeiro Gonçalves, Bom Jesus e Baixa Grande do Ribeiro. Esses novos integrantes, assim como Uruçuí, cresceram com a expansão da agricultura, especialmente soja e milho — atividades que impulsionaram a economia estadual nos últimos anos.

Três municípios do Piauí estão entre os 100 maiores PIBs per capita do Brasil

Baixa Grande do Ribeiro lidera no estado, com R$ 200,2 mil por habitante, ocupando a 55ª posição nacional. O valor é 3,7 vezes maior que a média brasileira (R$ 53,8 mil) e 8,1 vezes maior que a do Piauí (R$ 24,7 mil).

Uruçuí aparece em 78º lugar, com R$ 167,6 mil, e Sebastião Leal em 87º, com R$ 163 mil. Teresina registrou R$ 33,9 mil, 1,4 vez acima da média estadual. Entre as capitais, ficou com o terceiro menor PIB per capita, à frente apenas de Salvador e Belém.

No ranking nacional, os maiores PIBs per capita foram de Saquarema (RJ), com R$ 722,4 mil; São Francisco do Conde (BA), R$ 684,3 mil; Maricá (RJ), R$ 679,7 mil; e Paulínia (SP), R$ 606,7 mil.