O prédio da Agespisa, em Teresina, amanheceu interditado nesta segunda-feira (22), e os funcionários foram impedidos de entrar. A denúncia é do Sindicato dos Urbanitários do Piauí, que afirma não ter havido aviso prévio nem explicação oficial.

Em nota ao Portal ClubeNews, o sindicato classificou a medida como descaso e falta de transparência. A entidade cobra explicações imediatas e providências para normalizar a situação.

Segundo o sindicato, até sexta-feira (19) os empregados trabalhavam normalmente, amparados por uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que garantia os postos.

A decisão foi revertida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Após isso, a empresa fechou as portas e, segundo o sindicato, demitiu os 246 trabalhadores.

O sindicato diz que uma lei previa a transferência dos empregados para a Emgerpi, mas a medida foi barrada pelo governo estadual. A entidade informou ainda que a sede da Agespisa será transferida para o Instituto de Tecnologia do Estado.

A situação ocorre durante o processo de extinção da Agespisa, iniciado após a concessão dos serviços de água e esgoto à empresa Aegea, que também atua em Teresina.

Nesse período, o governo criou o Programa de Afastamento Incentivado (PAI), que oferece indenização de até 13 vezes o último salário, limitada a R$ 350 mil.

O secretário de Administração, Samuel Nascimento, disse que cerca de 100 servidores não aderiram ao programa. Já o sindicato afirma que eram 236. A Agespisa já teve cerca de 900 empregados. Até junho, cerca de 300 ainda estavam na empresa.

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