30 de dezembro de 2025

Federação de Atletismo vai cobrar até R$ 4,5 mil para realização de corridas no Piauí

O valor depende do número de inscritos e o tamanho do percurso.
Repórter
Atualizado há 2 horas

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A cobrança de taxa pela Federação Piauiense de Atletismo para a realização de corridas de rua no estado está gerando polêmica entre os organizadores desse tipo de evento. A entidade está cobrando uma taxa, que varia de R$ 750 a R$ 4,5 mil por corrida de rua.

O valor depende do número de inscritos e o tamanho do percurso. A federação alega que o pagamento funciona como uma espécie de autorização para a realização do evento e tem previsão legal. A cobrança é estabelecida no Código de Trânsito, que regulamenta as corridas de rua no país.

“O permit sempre foi obrigatório. É uma documentação que emitimos para que uma corrida de rua aconteça. O que aconteceu foi que a federação durante um período não atuou aplicando essas normas. É o que a nova gestão está retomando essas normas, que inclusive estão dentro da lei”, explicou Maria da Paz Ferreira, presidente da Federação de Atletismo.

A medida já provocou a reação dos organizadores de corrida. O Daniel Franca, fisioterapeuta e educador físico, utilizou as redes sociais para criticar o valor da taxa.

“Quando eu comecei a fazer corrida há 14 anos, quiseram me cobrar um permit. A federação sem respaldo nenhum, sem oferecer nada para o atleta. Nunca paguei um permit e nunca tive problema com nada”, disse.

O medalhista olímpico Cláudio Costa é a favor do permit. Segundo ele, isso leva a federação de atletismo para dentro do evento, permitindo mais segurança aos corredores e possibilita a homologação dos resultados.

“Isso é para poder estar fiscalizando, analisando as demandas do próprio corredor, como água, ambulância. A federação vai para o evento, descobrir algum talento e ele pode até entrar na confederação brasileira”, destacou.

O secretário de Esporte e Lazer de Teresina, Zé Neto, disse que vai se reunir com a entidade para avaliar alternativas para a situação. Ele também defendeu maior segurança aos eventos esportivos na cidade.

“É algo que a gente ainda vai ter que avaliar. Quando for evento organizado pela Prefeitura, eu acho que essa não tem que ser cobrada. Eu acho que isso é pelo crescimento das corridas de rua. Eu acho que tem que ser algo a ser conversado com quem organiza”, disse.


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