Estar em sala de aula para ensinar crianças e adolescentes sempre foi o sonho de Maria de Fátima. A jovem de 24 anos produz peças artesanais com biscuit e almeja conciliar o empreendedorismo com a carreira de professora de História.

Fátima reside na zona rural do município de Jatobá do Piauí e sempre estudou em escola pública. Foi neste local onde ela conheceu o artesanato e descobriu sua vocação de educadora.

“Quando era criança e me perguntavam o que eu queria ser quando crescer, e já falava que seria professora. Em 2017, ao fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), fui aprovada no curso de Licenciatura em História em Campo Maior. Imediatamente, fiz minha matrícula e fui estudar”, disse.

A artesã realizou o sonho de concluir o ensino superior no ano passado. Agora, falta-lhe apenas uma oportunidade para estar em sala de aula como professora.

FORMAÇÃO

Maria de Fátima é formada pela Universidade Estadual do Piauí. Durante a licenciatura, ela aproveitou a oportunidade para divulgar seu trabalho artesanal.

Além de adquirir conhecimento, a universidade também proporcionou a expansão do seu negócio.

“Minhas colegas de curso me incentivaram bastante. Sempre que comentava sobre meu trabalho com biscuit, novas encomendas apareciam. Isso ajudou minhas peças a chegar em outras cidades”, frisou.

A empreendedora segue estudando para concursos públicos, para se transformar em uma excelente professora de História, sem renunciar à profissão de artesã.

“O biscuit faz parte da minha vida desde 2014 e pretendo que esteja também presente mesmo quando começar a dar aulas. O artesanato, agora, é minha fonte de renda e oferece uma vida mais tranquila à minha família”, declarou.

A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA

Apesar de ainda não atuar como educadora, Fátima já teve sua primeira experiência em sala de aula.

Da mesma forma como ocorreu em 2014, a artesã esteve presente, no ano passado, em um curso de biscuit, mas dessa vez como professora.

Ela foi até uma comunidade rural de Campo Maior transmitir seus conhecimentos sobre artesanato, onde percebeu que o seu lugar no mundo é em uma sala de aula.

“Neste curso, pude relembrar tudo o que vivi, quando estava na condição de aluna do curso, e tive a missão de compartilhar tudo o que aprendi. Assim também vai ser quando eu me tornar professora de história”, concluiu.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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