
O deputado federal, Átila Lira (Progressistas), defendeu a revogação parcial do Novo Ensino Médio (NEM) e a manutenção da carga-horária das formações gerias básicas. O Ministério da Educação (MEC) suspendeu os prazos de parte do Cronograma Nacional de Implementação do NEM para a realização de uma consulta pública sobre a proposta.
A possibilidade de mudanças no ensino médio gerou protestos por parte de movimentos estudantis e professores em todo o país. Segundo Átila Lira, uma das principais dificuldades para a implantação das mudanças é a diferente realidade enfrentada pelos estados no sistema de educação.
“A teoria que eu defendo é que haja uma revogação parcial, ajustes nesse novo ensino médio. Ele é um Ensino Médio bom, mas existe a dificuldade de implantação. No Piauí, dos 224 municípios, em 120 deles só tem apenas uma escola de Ensino Médio. E essas escolas tem apenas de um a dois itinerários formativos, enquanto escolas do centro-sul do país tem quatro ou cinco itinerários formativos”, disse.
Carga-horária ampliada
Os itinerários formativos são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo que os estudantes poderão escolher no novo ensino médio, caso aprovado. O principal entrave quanto ao mecanismo, de acordo com Átila Lira, é a carga-horária ampliada.
“O novo ensino médio puxou as escolas de tempo integral como quase uma obrigatoriedade para a implantação desse novo ensino médio. Trouxe também uma inovação, que são os itinerários formativos, mas trouxe com uma carga-horária muito ampla. Ocorre que existe uma insatisfação muito grande das escolas e dos alunos”, concluiu.
No dia 6 de abril, o ministro da Educação, Camilo Santana, suspendeu as tratativas às mudanças no sistema educacional brasileiro pelo prazo de 60 dias.
A proposta só deverá ser apreciada pelo Congresso Nacional em junho após o Ministério da Educação emitir um relatório para a tramitação na Câmara e no Senado.
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