
O representante de medicamentos, Francieldo Pereira da Silva, noivo da enfermeira Milena Amanda Nery da Silva, morta em um acidente de trânsito ocorrido na BR-343, na zona Sudeste de Teresina, em dezembro de 2016, comemorou a decisão da Justiça que condenou o réu André Luís Borges Martins a nove anos e sete meses de prisão em regime fechado.
“Após anos de batalhas judiciais à espera de justiça, com um sentimento de impunidade, estamos finalmente aliviados de que Milena poderá descansar em paz”, afirmou Francieldo ao Portal ClubeNews.
À época, segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, André Luís apresentava estado de embriaguez alcoólica, dirigia em velocidade excessiva e fazia “zigue-zague” entre as faixas da BR-343 antes de colidir com o veículo no qual estavam a enfermeira e o noivo.
Milena chegou a ser levada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) mas não resistiu, pois, além de quebrar a bacia e a perna em dois lugares, sofreu hemorragia interna e foi a óbito por politraumatismo.
Francieldo, que saiu gravemente ferido, foi submetido a duas cirurgias. No próprio carro de André Luís havia outras duas passageiras: Naelem Lima Azevedo e Nathercia Adrielli Miranda Silva; a última também apresentou lesões graves.
Posteriormente, o caso foi encaminhado ao Tribunal do Júri, que reconheceu tratar-se de um crime de homicídio praticado com dolo eventual.
“Para o réu, da forma como se portou, dirigindo zigue-zagueando, atingindo o carro na direção contrária e negando aos integrantes do veículo que saíssem, assim como atingindo o carro na direção contrária, mesmo praticando apenas uma conduta, possuía desígnios autônomos em relação aos danos que visse a causar”, escreveu o juiz Thiago Carvalho Martins, da 3ª Vara Criminal de Teresina, nos autos do processo.
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