
Médicos que trabalham nos hospitais da rede pública do estado estão com atividades suspensas durante todo o dia nesta segunda-feira (19). Consultas, exames e procedimentos eletivos não serão realizadas durante a paralisação.
O Sindicato de Médicos do Piauí (Simepi) reivindica uma conversa direta com o governador do Estado, Rafael Fonteles, para tratar da privatização do Sistema Unificado de Saúde (SUS). Essa privatização refere-se à mudança de gestão de três hospitais (do Mocambinho, em Teresina; de Parnaíba e de Campo Maior) para serem administrados por Organizações Sociais.
“O principal responsável por essa paralisação é o governador Rafael Fonteles, que em uma atitude antidemocrática, não senta com a categoria para conversar sobre essa grande problemática que está acontecendo hoje na saúde pública do Piauí, que é a privatização do SUS”, explicou o vice-presidente do Sindicato, Samuel Rego.
Samuel ressalta que o Conselho Estadual de Saúde foi contra a privatização, assim como as decisões do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas do Estado. “Ele acredita que um secretário de saúde que, na verdade, não é da saúde, ele é contador, entende mais de saúde que todos os profissionais da saúde”, destacou.
Aos pacientes que aguardavam a realização dos procedimentos médicos, o vice-presidente do Simepi afirmou que a paralisação foi informada com 72 horas de antecedência. “Dando tempo ao Governo do Estado para alertar à população. Exatamente para não terem esse prejuízo por conta dessa consulta ou procedimento que estava agendado”, disse Samuel Rego.
Além dos médicos, servidores públicos estaduais, farmacêuticos, fisioterapeutas e outros atores da saúde pública também aderem à mobilização. O vice-presidente reforça que enquanto não houver um acordo com o governador, a categoria continuará com as paralisações pontuais.