Mais um suspeito de matar um adolescente, que teve o vídeo do assassinato enviado à família, foi preso nesta quarta-feira (12) em Teresina.
Segundo o coordenador da Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), delegado Charles Pessoa, Jardiel Silva confessou que participou ativamente da execução de Erieldson Ribeiro, de14 anos, em junho deste ano.
O adolescente desapareceu em 20 de junho e foi encontrado morto no dia 22 do mesmo mês, após o vídeo da sua execução ter sido divulgado nas redes sociais e enviado à mãe do jovem.
“Esse indivíduo é extremamente perigoso, violento, é suspeito de participação em vários roubos em Teresina. Além disso, participou diretamente da execução daquele menor de idade na zona Norte. Ele já foi ouvido na sede da Draco e pelo DHPP, onde confessou a participação”, explicou o delegado.
O delegado Francisco Costa Baretta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), informou, nesta terça (12), que Erieldson Ribeiro Costa tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA). A investigação policial acredita que a vítima desconhecia a disputa entre facções criminosas no bairro onde morava. A motivação do crime não foi divulgada.
“Exames médicos comprovam que ele tinha sim autismo, e por isso acreditamos que ele não tinha total noção sobre a divisão de territórios entre as facções, e as regras que eram repassadas por esses criminosos”, explicou o delegado.
Operação DRACO 49
O suspeito foi preso durante a operação DRACO 49, deflagrada nesta quarta-feira (12) pela Polícia Civil do Piauí. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão e prisão nos bairros Vila Mocambinho e Buenos Aires, na zona Norte de capital.
A ação é um desdobramento da operação realizada no dia 18 de abril deste ano, que prendeu 11 pessoas. A operação foi uma medida em resposta às ações de criminosos, que na época queimaram dois ônibus na capital.
O incêndio aconteceu em suposta retaliação após a morte de dois homens que teriam relação a uma tentativa de assalto contra um policial militar em Teresina.
As investigações da Polícia Civil também apontaram que dois homens presos nesta manhã teria gravado vídeos exibindo armas de fogo e postado nas redes sociais em alusão a uma facção criminosa.
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