
As viaturas da Guarda Civil Municipal de Teresina (GCM) devem acompanhar as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após o motorista e uma enfermeira do Samu serem baleados durante uma ocorrência na zona Sul da capital piauiense, no último sábado (15).
O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, reuniu-se, nesta segunda-feira (17), com o chefe da Coordenadoria de Segurança do Município, Danúbio Carvalho, para estabelecer medidas de segurança para os profissionais que trabalham no Samu da capital.
“Temos extrema preocupação com o bem-estar de todos os nossos profissionais, por isso, determinei que uma viatura da Guarda Civil Municipal vai ficar na sede do Samu para acompanhar os atendimentos que julgarem necessária uma segurança maior. A segurança pública não é uma atribuição da prefeitura, mas queremos contribuir da forma que pudermos para que nossos profissionais se sintam seguros para trabalharem”, disse o prefeito.
Segundo Danúbio Carvalho, as viaturas do GCM devem iniciar o acompanhamento tático a partir desta segunda-feira (17);
“A viatura estará dando esse apoio operacional para a equipe. Ela ficará na sede com os plantonistas. São três guardas na viatura, que querem dar maior segurança para todos que fazem o Samu”, afirma Carvalho.
TIROTEIO
A enfermeira Laurimary Caminha, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), recebeu alta médica e está se recuperando em casa, após ser vítima de disparo de arma de fogo enquanto realizava atendimento a um paciente baleado no bairro Vamos Ver o Sol, zona Sul.
“Estou tentando ficar bem. Por recomendações médicas não posso fazer descarga de peso na minha perna direita para evitar sangramentos e piora da lesão”, disse ao Portal ClubeNews.
O motorista da ambulância, que também foi atingido por um tiro, passou por cirurgia e segue internado com Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O quadro de saúde é estável.
Eles atendiam uma vítima de arma de fogo quando foram alvejados por uma pessoa. Até o momento, ninguém foi preso.
Segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS), a ambulância precisou ser conduzida pelo médico, que levou a enfermeira, o motorista e a vítima para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
MANIFESTAÇÃO
Na manhã desta segunda-feira (17), os servidores do Samu realizaram um protesto denunciando a insegurança, pedindo por melhores condições de trabalho e reivindicando reajuste salarial.
Os problemas que os servidores enfrentam todos os dias são muitos, entre eles: ambulâncias sem giroflex, sem freio, sem portas e, muitas vezes, sem ar-condicionado.
Além disso, o socorrista do SAMU, Girleno França, comentou que as agressões aos servidores não é novidade. Por conta da precariedade dos equipamentos e ambulâncias, os atendimentos passam a demorar, e as pessoas que precisam de suporte ficam violentos.
“Quem está do outro lado, aflito e com medo, tem que ser atendido e, muitas vezes, esse medo acaba se transformando em revolta. E, por conta da demora, quando a equipe chega até o local é hostilizada e até agredida”, comentou.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi), Erick Riccely, informou que a situação foi repassada para o poder público.
“Notificamos a Fundação Municipal de Saúde para que ela busque uma relação mais próxima com a Secretaria de Segurança Pública e garanta uma prioridade na hora que tivéssemos ocorrências que envolvam qualquer tipo de agressão. E lembrar também a população que o fato do atendimento demorar não é culpa de quem foi atender”, detalha.
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