Malu Barreto e Carliene Carpaso
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O condutor socorrista do SAMU Teresina, Anderson Maranhão, baleado na perna, durante um atendimento no bairro Vamos Ver o Sol, zona Sul da capital, na noite de sábado (15), relatou ao Portal ClubeNews o susto durante o “ataque” à equipe. Ele pediu mais reconhecimento para a categoria e apoio do poder público para que os motoristas de ambulância sejam reconhecidos como profissionais de saúde.
Anderson teve uma fratura na tíbia, passou por cirurgia e continua internado no Hospital de Urgência de Teresina. “Foi um susto muito grande, passa um filme na sua cabeça, você tá ali no chão, sangrando, com perna quebrada, no meio do tiroteio”, relembrou.
O condutor do SAMU contou que o médico conseguiu dirigir a ambulância e tirar todos do local, além dele, a enfermeira, Laurimary Caminha, também foi baleada.
“Ao chegar no sábado à noite,[no HUT] fiz o primeiro procedimento, foi feita uma limpeza e reconstrução para sanar a hemorragia. No domingo, fiz uma bateria de exames, na segunda-feira, voltei ao centro cirúrgico para implantar platina no local da fratura. As duas cirurgias foram tranquilas e a internação está sendo tranquila”.
Com dez anos de profissão e diante dessa situação, Anderson ressaltou que a capital Teresina e o estado do Piauí não possuem uma lei que homologa condutor de ambulância como profissional de saúde.
O motorista do Samu relata que, até hoje, a Câmara Municipal de Teresina e a Assembleia Legislativa do Piauí não contemplaram os condutores com uma legislação específica.
“Só a partir dessa lei, nos tornando profissionais da saúde, é que vamos começar a lutar por alguns benefícios a essa categoria, que é tão sofrida e se arrisca tanto, mas que não é reconhecida”.
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