
Francisco Jefferson da Silva Cruz, acusado de atirar no advogado André de Almeida Sousa, filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), Hilo de Almeida Sousa, será levado a júri popular.
A decisão, assinada pela juíza Maria Ivani de Vasconcelos, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, foi expedida na última sexta-feira (21).
No texto, a magistrada argumenta que há “indícios suficientes” da autoria do crime, “evidenciados pelas provas oral e documental”, os quais devem ser julgados pelo Tribunal Popular.
Além disso, a Justiça negou o pedido da defesa de Francisco Jefferson para revogar a prisão preventiva do acusado.
“Sendo assim, nego o direito de recorrer em liberdade e não vislumbro qualquer óbice em manter a sua segregação cautelar de acordo com o Ministério Público”, escreveu.
Entenda o caso
A tentativa de homicídio ocorreu na madrugada do dia 22 de março, em um bar localizado próximo à Unviersidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), na Av. São Sebastião, em Parnaíba, a 333 km de Teresina.
Segundo as investigações da Polícia Civil, André de Almeida teria ido ao banheiro do estabelecimento no momento em que Francisco Jefferson o utilizava. A vítima então se afastou e urinou fora do cômodo, o que incomodou duas mulheres que acompanhavam o acusado e sua namorada.
Eles se envolveram em uma discussão e Francisco empurrou André, dando início a uma luta corporal. O acusado sacou uma arma de fogo e disparou no rosto do advogado, fugindo com a namorada e as outras mulheres em seguida.
Os funcionários do local acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou a vítima ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda). Devido ao grave estado de saúde, o filho do presidente do TJ-PI foi transferido ao Hospital Universitário (HU), em Teresina, onde realizou uma cirurgia de urgência.
A PC-PI concluiu que o atirador, cujo apelido era “Anjo da Morte”, pertencia a uma facção criminosa, assim como sua namorada Suzana do Nascimento Gomes, conhecida como “Sereia”.
Francisco foi preso três dias após o crime, no Parque Jardim Vitória, em Parnaíba. Ele vai responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima).
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