
“Hoje eu posso deitar na minha rede e ver todos os meus programas na televisão”, contou a aposentada Maria Vilani ao receber um sistema de energia solar em casa. Ela mora há cinco anos na zona Rural de Hugo Napoleão, município distante 190 km de Teresina, e desde então não tinha energia elétrica.
A pescaria é uma das principais atividades da dona Maria Vilani, que caminha cerca de 2 km, diariamente, até o ponto de pesca mais próximo. Os peixes eram armazenados em recipientes para garantir maior longevidade ao alimento.
“Eu ficava pedindo a Deus para que um dia essa energia chegasse e hoje eu vejo a energia no interior onde eu moro. Eu pegava meu peixe, mas tinha dificuldade, porque quando eu chegava aqui, eu o colocaria onde? Eu não tinha energia e nem geladeira, mas o sonho continuava”, disse.
O Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente (SIGFI), conjunto de placas solares montadas sobre uma estrutura de ferro, foi instalado no quintal de casa e é composto por um banco de bateria, um controlador e um inversor. O mecanismo transforma a luz solar em energia, garantindo a utilização de utensílios básicos, como lâmpadas, geladeira e televisão.
Assim como a dona Maria Vilani, outras 1.772 famílias piauienses já foram beneficiadas com o sistema. O programa Piauí Iluminar, da Equatorial Piauí, garante a energia solar como alternativa sustentável aos povoados mais distantes das zonas urbanas do estado.
Piauí Iluminar
Ao Portal ClubeNews, nesta terça-feira (1°), o presidente da Equatorial, Hélio Rafael, afirmou que o programa contempla 93 municípios do Piauí, com um orçamento de R$ 47 milhões.
“Isso traz inovação e sustentabilidade ao nosso estado. Aqui nessa comunidade foram 35 famílias. É a oportunidade de levarmos uma solução inovadora, evitando as ligações tradicionais, que são as grandes redes. Isso demandaria muito tempo e investimento”, destacou o presidente.
“É mais geladeira”
O lançamento do programa Iluminar Piauí aconteceu na casa da dona Maria Vilarinho, que reuniu os vizinhos – também contemplados com os novos sistemas de energia.
Segundo o gerente de Obras e Expansão da Equatorial, Joaquim Milhomem, os beneficiários do programa também poderão trocar as geladeiras antigas por novas, que possuem baixo consumo energético. As famílias realizam um cadastro junto à Equatorial e recebem a visita de técnicos da empresa para atestar a necessidade de troca do aparelho.
“O programa ‘É mais geladeira nova’ faz parte do nosso projeto de sustentabilidade. Ele tem como alvo principal as famílias de baixa renda e pretende diminuir o consumo de energia elétrica na medida em que oferecemos uma geladeira nova em troca de uma velha”, explicou.
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