
A instabilidade política na relação entre o Senado e o Governo Federal tem dificultado a tramitação das pautas de interesse da Presidência da República. Segundo o senador Marcelo Castro (MDB-PI), a situação foi provocada pela falta de diálogo entre os dois poderes, implicando no descompasso entre os membros da base governista.
Em abril de 2023, em entrevista à imprensa, Marcelo Castro declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha dificuldade para consolidar o grupo de aliados na Câmara dos Deputados. A situação, porém, mudou e hoje afeta o Senado. Na avalição de Marcelo Castro, a situação pode ser superada.
“De lá para cá, melhorou muito a relação do Governo com o Congresso Nacional, principalmente, com a Câmara. Com o Senado, está tendo um pouco de ruído. O presidente conversou, semana passada, com o presidente Rodrigo Pacheco, mas é preciso ter mais conversas para ter um alinhamento melhor”, destacou em entrevista à rádio ClubeNews, nesta segunda-feira (6).
A chegada dos partidos Republicanos e Progressistas como novos membros da base governista, com a indicação dos ministros Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE) no Ministério dos Portos e Aeroportos e André Fufuca (Progressistas-MA) no Ministério dos Esportes, reforça o grupo.
Até o momento, dentre os 81 senadores, o presidente Lula mantém maioria no Congresso e não sofre resistência para aprovação de matérias de interesse do Governo. Mas, segundo Marcelo Castro, o quadro político pode mudar caso não haja entendimento.
“Hoje, com as negociações que foram feitas, a Câmara está mais consolidada. Quem está trazendo uma certa instabilidade é o Senado Federal. Precisa que o presidente converse novamente com o Senado, como fez com a Câmara, já que o Republicanos e o Progressistas passaram a fazer parte do Governo”, pontuou.
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