
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAT) vai fiscalizar a conduta do Conselho Tutelar no caso da criança de 7 anos estuprada pelo tio e que pediu ajuda a um professor no bairro Pedra Mole, zona Leste de Teresina, na quinta-feira (16).
Segundo o presidente do CMDCAT, André Santos, o órgão deve “avaliar a situação” e definir as “penalidades” caso fique comprovado que houve “negligência e omissão” por parte dos conselheiros.
“Já marcamos uma reunião para a semana que vem para avaliar essa situação e sim, as penalidades, caso haja ocorrido de fato a negligência e a omissão”, afirmou nesta sexta-feira (17) ao Portal ClubeNews.

A fiscalização do CMDCAT ocorre após a advogada da vítima, Nathalia Freitas, apontar que, na primeira denúncia da garota ao Conselho Tutelar, ocorrida em maio deste ano, os pais teriam “invalidado” o relato da filha e o caso não teria ido adiante.
“Eles disseram que ela estava em uma fase de ‘inventar histórias’. [Mas] tem um vídeo, gravado por uma professora, em que a criança fala basicamente o que passou, o que ele [o suspeito] fazia, com uma riqueza de detalhes, que não teria a possibilidade dessa criança inventar”, contou a advogada.
Entenda o caso
Uma criança de 7 anos denunciou ter sido vítima de estupro e pediu ajuda a um professor da Escola Municipal Clodoaldo Freitas, no bairro Pedra Mole.
O suspeito do crime, um programador de 36 anos, é tio da garota e teria feito mais quatro vítimas, totalizando cinco crianças: três meninos e duas meninas, entre 7 e 13 anos. Ele seria tio e padrinho de três delas.
A advogada Nathalia Freitas, acompanhada de dois professores da escola, foi à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para requerer a prisão preventiva do suspeito que, segundo ela, já morou fora do país, possui passaporte e tem “grandes chances de fugir”.
A garota foi conduzida ao Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Samvvis), na Maternidade Evangelina Rosa. O caso deve ser encaminhado ao Ministério Público do Piauí (MP-PI).
Nathalia informou que, em um dos casos, já há medida protetiva, a qual pretende solicitá-la para as demais famílias. “Os casos de estupro, na grande maioria, ocorrem realmente dentro do seio familiar. São tios, avós, pais, padrastos. É infelizmente o mais comum”, alertou.
LEIA MAIS:
Menina de 7 anos denuncia que tio a estuprava e pede ajuda a professor
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e entre no nosso Canal.
Confira as últimas notícias: clique aqui!