Carlienne Carpaso, Mayrla Torres e Isadora Cavalcante
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Os jovens Alan Carlos e Roniel de Sousa foram mortos por engano, no dia 3 de dezembro de 2023, no Rodoanel de Teresina (PI). Os suspeitos de matá-los acreditavam que eles eram de uma facção rival.
A informação foi confirmada, nesta quarta-feira (13), pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), após a prisão de três suspeitos de participarem do crime. As prisões aconteceram na casa dos suspeitos, no Dom Avelar.
“Eles moram no Árvores Verdes, na zona Leste, e tem parente do bairro Dom Avelar. Eles foram (ao Dom Avelar) comemorar, só tomar uma cerveja com esse parente e depois se despediram normal. Acontece que depois eles entraram em uma rua onde estava tendo uma festa desse pessoal da facção. O cara, que se intitula como chefe no bairro, pegou e achou que eles dois eram inimigos de facção rival. Olharam as fotografias e decidiram por eles [criminosos] o que eles [vítimas] eram”, disse o delegado Bruno Ursulino, do DHPP.
Os primos foram torturados antes de serem mortos a tiros. “Levaram essas vítimas para o Matagal, torturaram essas vítimas. Depois colocaram essas vítimas em um veículo. Esse veículo levou as vítimas até o Rodoanel. No Rodoanel, eles terminaram de finalizar o crime”, detalhou Ursulino.
O DHPP informou que os investigados foram identificados como João Victor da Silva (vulgo Negreti), Jailson Ferreira da Silva e Antônio Jesus Alves da Silva. “Têm deles com passagem por homicídio, roubo, tráfico; Maria da Penha também, por agredir a esposa. Então, eles têm a ficha aí com todo tipo de crime”, acrescentou o delegado.
Segundo o delegado Bruno Ursulino, a investigação apontou a participação de outras pessoas, que continuam foragidas. O DHPP “disponibiliza o número 181 para recebimento de denúncias. O sigilo é garantido”.
O CRIME
Alan Carlos Silva e Roniel Sousa, de 24 e 21 anos, assassinados a tiros no Rodoanel de Teresina, no dia 3 de dezembro de 2023, eram primos e moravam juntos em Teresina (PI).
As vítimas eram naturais de Miguel Alves (PI) e moravam em uma casa no bairro Árvores Verdes. Um deles estavam na capital há 1 ano e sete meses e outro há seis meses.
Sobre as vítimas estarem no bairro Dom Avelar, onde os suspeitos moram e são faccionados, o delegado contou que os primos participavam de uma comemoração familiar.
Os dois trabalhavam como ajudantes de pedreiro e, segundo a família informou ao DHPP, sempre davam notícias. Até que o contato foi encerrado de forma repentina.
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