
Carlienne Carpaso e Jonas Carvalho
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Os vereadores da Comissão de Legislação e Justiça da Câmara Municipal de Teresina (CMT) protocolaram, nesta terça-feira (09/01), o pedido de auditoria nas contas da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
A cidade de Teresina vive um caos na gestão pública. O desabastecimento de medicamentos básicos nas unidades de saúde e equipamentos retirados dos hospitais por falta de pagamento aos fornecedores são alguns dos exemplos citados pelos parlamentares.
Os auditores fiscais vão analisar as planilhas da FMS no período de outubro de 2023 até janeiro de 2024. Serão analisados os gastos e os recursos federais que estão programados para chegar à Saúde.
“A Câmara traz este pedido de autoria: primeiro analisar o que foi feito e chegou a este caos e, consequentemente, barrar os próximos gastos”, disse o vereador Venâncio Cardoso (PSDB)
O TCE negou o pedido da Prefeitura de Teresina e manteve a decisão que suspendeu o remanejamento de cerca de R$ 1,6 milhão da FMS para outros órgãos municipais.
Venancio afirma que falta planejamento estratégico na gestão municipal. “Mesmo a prefeitura reclamando que não tem dinheiro para bancar R$ 1,6 bilhões por ano na Saúde com os gastos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), hospitais, maternidades; o prefeito (Dr. Pessoa) pediu R$ 90 milhões de empréstimo para construir mais dois hospitais. Ou seja, planejamento estratégico nenhum”.
Investigação
A equipe de investigação do TCE-PI também fará uma análise documental dos processos licitatórios durante visita à sede da Fundação Municipal de Saúde, segundo informou o presidente do Tribunal, conselheiro Kennedy Barros.
“Uma auditoria, que é um processo de investigação, se debruça sobre o caso em si. No caso, houve a retirada de equipamentos. A informação é que a retirada de equipamentos foi pela falta de pagamento. Respondida essa questão, vamos atrás do motivo desse atraso. Por que a execução orçamentária permite atraso dessa natureza?”, questionou.
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