
O Partido dos Trabalhadores (PT) de Oeiras (PI) vive momento de indefinição na disputa pela Prefeitura Municipal. O médico Hailton Alves (Solidariedade) e o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Ícaro Carvalho (PT), disputam a indicação da legenda petista.
Ícaro Carvalho carrega o sobrenome do pai, o ex-deputado federal Assis Carvalho, que morreu vítima de infarto em 5 de julho de 2020 e tinha a cidade de Oeiras como principal reduto eleitoral. A estratégia é atrair o eleitorado, que já foi do pai, para garantir viabilidade eleitoral.
Na terça-feira (23), o governador Rafael Fonteles (PT-PI) esteve em Oeiras para participar do Encontro Preparatório do PT para as eleições 2024. O ato político serviu como termômetro para o pleito de outubro.
Durante discurso no evento, Fonteles evidenciou a tendência pelo nome do correligionário petista. “Vou deixar muito claro para todas e todos: o time de lula e o time de Rafael é o time de Ícaro Carvalho”.
O evento também teve a participação do presidente estadual do MDB, senador Marcelo Castro. A sigla emedebista pode compor a chapa do PT, em Oeiras, na condição de vice, indicando o nome de Vanessa Tapety, neta do ex-deputado estadual Juarez Tapety.
Disputa acirrada
Enquanto isso, outra ala do PT de Oeiras defende a pré-candidatura do médico cardiologista Hailton Alves, que já concorreu à Prefeitura de Oeiras em 2020, ficando em segundo lugar, com 11.429 votos. O candidato foi derrotado por Zé Raimundo (Progressistas), reeleito com 11.472 votos.
O médico cardiologista tem o apoio do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Franzé Silva (PT), e dos deputados estaduais petistas Hélio Isaías e Gil Carlos. Os parlamentares cumpriram agenda política, na noite de terça-feira (23), ao lado de Hailton Alves, em Oeiras.
“Hailton é uma grande liderança política de Oeiras e região, um médico competente, conhece a realidade social dos oeirenses, de maneira que é plenamente capacitado para ser um grande gestor”, defendeu Franzé Silva.
Havendo impasse entre os grupos políticos, o governador Rafael Fonteles deverá atuar como mediador do conflito. A definição deve acontecer até o mês de abril.