Os familiares de Wesley da Cruz Feitosa, Adrian da Cruz Feitosa e Wallysson da Cruz Feitosa, 27, 17 e 19 anos, respectivamente, escutaram toda a ação criminosa que terminou no triplo homicídio dos jovens, na madrugada desta quinta-feira (15), em Timon.

“O sentimento da família está muito abalado, porque a gente ouviu tantos tiros e não pudemos fazer nada. O Adinho (Adrian Feitosa) era uma pessoa muito querida por todos, porque ele estudava e não tem passagem nenhuma na polícia. Ele tava pedindo para ir embora”, disse a tia das vítimas, que prefere não se identificar, em entrevista ao PITV 1, da TV Clube.

O delegado Otávio Chaves, da Delegacia de Homicídios de Timon, confirmou ao Portal ClubeNews que mais três pessoas estavam dentro da residência no momento do crime. A avó das vítimas e outros dois netos, crianças com menos de cinco anos, estavam em um cômodo diferente quando ouviram os disparos.

“Eles começaram a atirar dizendo que era ‘polícia’. Pensei, ‘Meu Deus, e agora, o que aconteceu?”. Fiquei sem ar, sem força. O mais novo estava comigo e disse ‘não sai daqui, vó’. Quando acabou tudo, saí caçando eles. Eu vi o menino deitado na rede e só o sangue na cara”, contou a avó.

O delegado Otávio destaca que a linha de investigação aponta para uma disputa de facções, uma vez que as vítimas tinham envolvimento com os crimes de roubo e passagens pela polícia.

“Pode ter acontecido algum fato que desagradou uma determinada facção e eles foram se vingar, executando essas três pessoas, imaginando que os três tivessem ligação. Mas, a princípio, os três não têm ligação com facção, mas conhecem pessoas que têm ligação”, informa.