A Delegacia de Homicídios de Timon (MA) investiga se o triplo homicídio dos irmãos Walisson da Cruz Feitosa, Wesley da Cruz Feitosa e Adrian da Cruz Feitosa, de 27, 20 e 18 anos, respectivamente, tem ligação com o assassinato de Eliane Pereira de Souza, de 38 anos.
Na madrugada da última quinta-feira (15), os três irmãos tiveram a residência invadida e foram mortos enquanto dormiam em redes. Já Eliana foi assassinada, também na noite de quinta (15), enquanto passava em frente ao velório dos irmãos. Ela foi perseguida, baleada e jogada em um grotão.
O delegado Otávio Chave, do DHPP de Timon, relata que Eliane Pereira era dependente química e, possivelmente, a morte pode estar relacionada ao tráfico de drogas e à facção criminosa na região.
“A gente está apurando se ela estava passando alguma informação para uma facção, e a outra (facção) não gostou. Estamos vendo todas essas possibilidades. Não dá para descartar nenhuma delas. O autor do crime pode ter sido um amigo próximo dos três irmãos, ou pode ter sido quem matou os irmãos”, acredita o delegado.
Motivação
O delegado Otávio Chaves frisa que a principal linha de investigação aponta para uma guerra de facções, com “uma querendo tomar os pontos de droga da outro”.
“O que financia a criminalização é o tráfico de drogas. Se encontrar alguma resistência, parte para a violência e para os assassinatos”, diz.
Prisões
Ainda na sexta-feira, a Polícia Civil do Maranhão prendeu três adultos e apreendeu um adolescente suspeitos de integrarem uma facção criminosa, que podem ter ligação com os homicídios.
Eles foram autuados em flagrante, inicialmente, apelas pela posse ilegal de arma de fogo. Foram apreendidos três pistolas, uma submetralhadora e várias munições de diferentes calibres. O material será submetido à perícia.
“Estamos apurando se eles tiverem ligação, mas são pessoas envolvidas com uma organização criminosa. Eles estavam ostentando muitas armas de fogo, fazendo simbologias referentes às facções. Diante disso, representamos na Justiça por mandado de busca e encontramos essas armas. Vamos encaminhá-las para um confronto balista, referente a munições que alvejaram as vítimas para ver se partiram dessas armas”, explica o delegado Otávio Chaves.
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