
*Isadora Cavalcante
isadora.cavalcante@tvclube.com
Os números comprovam: só em 2023, mais de três mil ocorrências de violência doméstica contra mulheres foram registradas no Piauí. Em meio a tantos casos de agressão, surge o questionamento: como educar a sociedade para romper o ciclo de violência que sentencia a vida de milhares de mulheres todos os anos?
A socióloga Rossana Maria explica que o debate sobre violência doméstica na sociedade é uma das ferramentas de mudança no enfrentamento da violência doméstica, tanto para as gerações atuais como para as futuras. Rossana pesquisa temas ligados à violência de gênero.
“É importante que se fale sobre o assunto na perspectiva de educar. Seja por meio da divulgação da Lei Maria da Penha e suas previsões, seja sobre as raízes da violência na sociedade, considerando que se trata de um problema social e de uma realidade que pode mudar”, explica a doutora ao Portal ClubeNews.
A desnaturalização da cultura de violência e a criação de instrumentos que criminalizam violações de direitos das mulheres são recentes no Brasil, aposta a pesquisadora. Então, mesmo no contexto onde existem leis de enfrentamento, ainda há uma forte cultura machista na sociedade.
“Falar é uma forma de enfrentar as violências. Qualquer pessoa pode usar sua voz para defender o direito das mulheres a uma vida sem violência. Além de falar, é importante ver o que se fala. Porque, infelizmente, ainda existem muitos estereótipos sobre a violência que culpabilizam as mulheres e acabam reforçando essa cultura machista”, destacou a professora.
Onde deve haver o debate sobre violência doméstica?
Escolas, universidades, meios de comunicação, ambientes de trabalho, espaços políticos, instituições religiosas. Em todos os lugares existem a necessidade desse tema ser pautado.
“O problema não é da lei, que é bem abrangente e complexa em suas previsões legais, e sim de não haver esforços institucionais à altura do problema que possam prevenir e evitar as violências. Quando não puderem evitar, pelo menos contribuam para que a mulher saia das situações de violência com segurança e possa seguir suas vidas com tranquilidade”, finalizou a socióloga.
Confira os canais de denúncia no Piauí para casos de violência contra mulher
– Polícia Militar do Piauí: ligue 190 (funciona 24h)
– Central de Atendimento à Mulher: ligue 180 (funciona 24h)
– Guarda Civil Municipal de Teresina: ligue 153 (funciona 24h)
– Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar do Piauí: ligue (86) 9528-3835 ou 190 (funciona 24h)
CAMPANHA SOS MULHER
A Campanha SOS Mulher está na praça da Bandeira, no Centro de Teresina (PI), nesta sexta-feira (08), das 6h às 13h, com diversos serviços. O projeto é promovido pela Rede Clube e tem o “Dia D”, no Dia Internacional da Mulher.
PARCEIROS:
CRIAR VIDAS
Aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar, medidas antropométricas (peso, altura, definição de imc a demais medidas) e auriculoterapia.
HUMANA SAÚDE
Aferição de pressão arterial, teste de glicemia e atividades laborais.
INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO
Emissão da carteira de identidade, primeira e segunda via.
OAB
Orientação jurídica.
POLÍCIA CIVIL
Orientação sobre procedimentos de proteção da mulher.
SESC
Aferição de pressão, teste de glicemia, mamografia e citologia.
SEMPI
Ônibus lilás com atendimento psicossocial.
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